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Entrevista coletiva concedida pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, após visita à Ponte Estaiada Metroviária e à Estação Jardim Oceânico da Linha 4 do Metrô - Rio de Janeiro/RJ

Rio de Janeiro-RJ, 10 de novembro de 2015

 

 

Presidenta: (Inaudível) notícias mais negativas, mas aqui nós temos uma boa notícia. Porque aqui nós temos, talvez, o maior empreendimento de mobilidade urbana do Brasil, certamente, e da América Latina também.

Vocês vejam que vocês estão diante de uma obra que, além disso, leva em consideração os requisitos ambientais. Eles estavam me explicando que tem um teto verde, ou seja, um teto, acima disso, de grama. O que vai assegurar que nós tenhamos aqui uma temperatura bem menor que a externa. E eu achei fantásticas as claraboias, porque é uma economia de energia, porque é a luz do sol. E de noite, será a luz das estrelas.

            Com essa obra aqui, nós estamos fazendo a linha 4 do metrô. Eu estive há pouco, tem quanto tempo atrás, 6 meses? Seis meses. Quando eu andei em um trem e fui até São Conrado. Ali é a entrada também da Rocinha. E, hoje, nós estamos aqui, faltando poucos metros para você concluir essa ligação, que vai passar aqui em Bela Ponte, que é uma ponte estaiada de metrô, que me disseram que é a única que existe no Brasil. E, ao mesmo tempo, eu acredito que aqui nós temos uma obra importante para as Olimpíadas. Porque as pessoas, virão pessoas de todos os lugares do mundo visitar o Rio de Janeiro. Então, as Olimpíadas Rio 2016, que são Olimpíadas e Parolimpíadas, elas têm um papel muito importante no Brasil, elas abrem o Brasil para o mundo. E um dos caminhos dessa abertura é aonde nós estamos, aqui, onde nós estamos.

            Além disso, eu acredito que o legado é muito importante. O legado significa que ficará com a população do Rio uma conexão entre estações entre metrôs, juntando suas estações e o sistema de VLTs. (...) com o sistema de ônibus, aqui da cidade que eu acredito que transformará a cidade do Rio de Janeiro. Uma cidade que tinha um problema enorme, que era estar pressionado entre a montanha e o mar, mas que agora supera, e supera de uma forma belíssima, porque essa ponte estaiada vocês hão de convir comigo que é uma maravilha.

 

Jornalista: Presidente, ainda mobilidade urbana também ali. Os caminhoneiros, a pauta política, eles estão dificultando o ir e vir. Essa pauta política dos caminhoneiros, presidente, a senhora acredita que vá gerar algum prejuízo para a economia? Tem gente preocupada com as exportações.

 

Presidenta: Olha, querida, eu acredito que tem que ficar bastante claro uma coisa. Reivindicar, neste País, é um direito de todo mundo. Então, reivindicação, no Brasil, há muito tempo que não é crime. Nós construímos a democracia, vamos seguir. Agora, este País é um país responsável. Interditar estrada, comprometer a economia popular, desabastecendo com alimentos ou combustíveis, isso tem um componente de crime já previsto. Então, o que nós iremos impedir é que haja qualquer prejuízo à economia popular do País. A economia popular, caracterizada como sendo o abastecimento de todo o País, as atividades econômicas do País, o tráfego de combustível, que é essencial para vários setores. Isto não será permitido. Obstruir é crime, obstruir a economia, afetar a economia popular é crime. Agora, manifestar é algo absolutamente legal, é algo da democracia. É algo que faz bem ao País e à sociedade. São duas diferenças…

 

Jornalista: A Polícia Federal já está instruída, presidente?

 

Presidente: A Polícia Federal, ela não precisa de estar instruída para isso, porque isso é da lei brasileira. Então, todos nós somos obrigados a cumprir a lei, principalmente as pessoas que exercem a faculdade de fazer a lei ser cumprida. Um abraço para vocês.

 

Jornalista: Obrigado, presidente.

 

 Ouça a íntegra (05min20s) da entrevista da Presidenta Dilma Rousseff