01-08-2016-Discurso do senhor Presidente da República em exercício, Michel Temer, durante cerimônia de troca de Cartas de Reconhecimento de Equivalência dos Controles Oficiais de Carne Bovina entre o Brasil e os Estados Unidos - Palácio do Planalto
Palácio do Planalto, 01 de agosto de 2016
Senhores senadores, senadora,
Senhores deputados,
Senhor ministro,
Governador Pedro Taques,
Vice-governador Cairoli,
José Serra, ministro,
Blairo Maggi, ministro,
Meus amigos todos,
Eu, ouvindo o Blairo Maggi e, depois, o Serra, eu cheguei à conclusão de que nesses 80 dias de governo, eu acho que nós fizemos coisas boas. Mas a melhor que fizemos foi escolher os ministros, como o Serra e o Blairo Maggi, não tenho a menor dúvida disso. Não esquecendo dos outros 21 ministros, naturalmente, não é?
Mas eu registro esse fato, senhora embaixadora, porque, como aqui se revelou, este trabalho, junto aos Estados Unidos, para a abertura do mercado de carne bovina, portanto, de condições sanitárias admitidas pelos Estados Unidos, que tem uma repercussão internacional, já que ajuda, senador Cidinho, senador Blairo Maggi, senadora Ana Amélia, senador Wellington Fagundes, ajuda, na verdade, a abrir o mercado de outras praças. Isto é importantíssimo para o Brasil. E este foi um trabalho, como perceberam, ao longo de muitos anos. Então, nós temos que reconhecer, como reconhecido foi, que outros tantos trabalharam nessa atividade.
Mas foi exata e precisamente no momento em que o Blairo Maggi chegou ao Ministério da Agricultura que ele, com a sua versatilidade na área privada e na área pública, conseguiu ir aos Estados Unidos e, lá, batalhar enormemente para obter esse ajustamento entre o Brasil e os Estados Unidos.
Aliás, não foram poucas as vezes que ele nos telefonou e telefonou ao ministro Serra porque dizia ele, senhora embaixadora: “Eu não arredo pé daqui enquanto não tiver a assinatura deste acordo”. E a senhora embaixadora - aqui vão também as homenagens do governo brasileiro - fez todo o possível, todo o esforço, manteve todos os contatos possíveis com as autoridades americanas, a fim de que hoje nós pudéssemos, aqui, comemorar este evento.
E o Blairo me dizia que aqui há pecuaristas, agricultores, fornecedores, a mais variada gama daqueles que se voltam para a agropecuária e para o agronegócio no Brasil. E interessante - viu, Blairo? - o que eu imaginei quando me falaram que nós íamos fazer essa troca de cartas, de documentos, eu imaginei que nós teríamos 20, 30 pessoas e até no primeiro momento faríamos no meu gabinete pessoal. Mas logo depois verifiquei um interesse muito grande porque isso foi ajustado na sexta-feira até.
E de sexta-feira para cá, nós temos não só a presença quantitativa muito expressiva, mas igualmente qualitativa. E, sobre ser qualitativa, o entusiasmo, porque todos aplaudem essas medidas. De modo que eu também quero me incorporar a esse aplauso, dizer que, dizer que o Blairo tem muito pela frente quando ele diz assim: “Olha, nós vamos passar de 7% das exportações para 10%”, e ele diz: “Trabalho 100%”. Você vai trabalhar 150% para chegar aos 10%, tenho certeza disso, não tenho a menor dúvida.
Portanto, meus amigos, minhas amigas, eu me sinto muito compensado porque coisas que ao longo do tempo demoravam enormemente, não vou aqui relatar as questões todas que foram decididas nesses 80 dias, mas eram questões que trafegavam mais ou menos, seja no Legislativo ou seja no Executivo, há dois, três anos, ou dez meses, onze meses, nesses dias nós fomos tudo resolvendo.
De modo que, mais uma vez, o Blairo vem dar o exemplo deste governo que não para, de um governo que vai adiante, de um governo que quer aquilo que todos os brasileiros querem: a pacificação nacional, a reunificação nacional, a harmonia nacional, a civilidade nacional e, especialmente, o crescimento para gerar um dos primeiros direitos sociais, que é o direito ao emprego.
Não há nada mais, não há nada mais indigno para as pessoas do que o desemprego. Não há nada mais digno do que os empregados. E veja, um dos fundamentos da nossa Constituição, está logo do artigo 1º, eu tenho repetido isso com muita frequência, é que o Estado tem que fazer o possível para manter a dignidade da pessoa humana.
E quando se pensa no emprego, e eu digo é o primeiro direito social, nós estamos pensando precisamente na dignidade da pessoa humana.
Ora bem, no instante em que se firma esse acordo com os Estados Unidos, já no passado firmamos com a China, que também é um grande consumidor de carne bovina, carne suína e frangos, nós estamos incentivando o emprego. Certo e seguramente, este ato patrocinado pelo ministro da Agricultura e pelo governo brasileiro vai abrir novas empregos nesta área.
Por isso eu quero mais uma vez saldar o ministro Blairo Maggi, cumprimentar a todos, e desejar, senhora embaixadora, que nós estreitemos cada vez as nossas relações e que os Estados Unidos possam consumir cada vez mais carne bovina brasileira.
Muito Obrigado.
Ouça a íntegra do discurso (05min56s) do presidente em exercício Michel Temer