15-03-2018-Discurso do Presidente da República, Michel Temer, durante Cerimônia de Anúncio de Retomada das Obras do BRT de Goiânia/GO - Brasília/DF
Palácio do Planalto/DF, 15 de março de 2018
Eu quero cumprimentar os nossos ministros Eliseu Padilha e o Alexandre Baldy, o Moreira Franco, o Carlos Marun,
Nosso querido Iris Rezende, prefeito de Goiânia,
Os senadores Wilder Morais, Lúcia Vânia, o José Maranhão, Valdir Raupp, aliás eu registro desde já, viu, Iris, que a sua liderança é tão grande que você traz o Maranhão e Rondônia para assistir a este ato. Com a presença do José Maranhão e do Valdir Raupp.
Os deputados federais Daniel Vilela, Marcelo Aro, Mauro Pereira, Nelson Marquezelli, Toninho Pinheiro, não há mais ninguém, eu creio.
O vice-governador José Wellington,
O Gilberto Occhi,
Cumprimentar a todos e desde logo lançar uma mensagem ao Iris Rezende, eu acho que ele pode me procurar logo em seguida, assim como ao Valdir, para pleitear o chamado Eixo Leste, é isso? Leste-Oeste.
Eu não quero deferir desde já, mas a sua história pública fará com que nós venhamos a conduzir no sentido de deferir esse seu pleito. Eu não tenho dúvida disso.
Aliás, o Iris, minha gente, eu era, não vou dizer que era jovem, que ele na época era mais velho que eu, mas eu era ainda aquele estudante de direito, e o Iris lançava os chamados os mutirões, estou falando de que ano Iris? 64, 65, 66, o Iris lançava os chamados mutirões, que era uma coisa fantástica, ele ia aos sábados e domingos com as pessoas mais vulneráveis mais pobres, para fazer construções, limpar ruas etc., etc., etc., dava um exemplo, viu, Occhi, e eu me lembrava daquilo “que coisa, o homem público deve ser exatamente assim, alguém que se liga ao povo e que vai transmitir ao povo a ideia de que ele está governando para o povo”. E essa tem sido a história do Iris Rezende.
Por isso que neste momento eu vejo, vice-governador, Daniel Vilela, todos os companheiros, nosso Baldy, esta presença significativa. Aliás, nós deveríamos ter realizado esta cerimônia em um espaço maior, porque muitos estão em pé e muitos eu soube que estão até lá fora. Isso tudo fruto da importância de Goiânia, de Goiás, para o Brasil, mas especialmente homenageando os nossos agentes públicos de Goiás.
E eu quero, particularmente, também aplaudir mais uma vez o Baldy. Aliás, aplaudir concretamente, por favor. O Baldy, não só pelo trabalho que realizou na Câmara Federal, mas pelo trabalho ágil, agilíssimo, que ele empreendeu no Ministério das Cidades. E é interessante eu vejo quando telefono para o Baldy no sábado ou no domingo, ele nunca está em casa. Ele está em algum estado entregando casas, etc.etc. E fazendo aquilo que ele aqui mencionou. É interessante como, ao longo do tempo, as obras todos ficaram paralisadas.
Quando o Moreira resolveu retornar as chamada as obras paralisadas, foi assim que as coisas se passaram. Nós pegamos essa questão das casas, estava tudo paralisado, porque não se pagava a eles, os construtores, os empreiteiros. Chegou-se ao governo e logo começou o pagamento, e a entrega de casas foi a retomada. E O Baldy tem feito isto com uma velocidade extraordinária, e por isso que eu tenho muita honra em tê-lo como ministro, ao lado do Occhi que está sempre presente nas várias entregas de residência aos vulneráveis.
Eu sou testemunha, como muitos ministros são, da importância da entrega destas casas. É uma alegria extraordinária, às vezes são, sei lá, 3 mil casas, portanto são 12 mil pessoas ou 15 mil pessoas abrigadas por aquelas casas que estão sendo entregues. E portanto, uma festa, uma alegria estupenda. Eu até criei um problema financeiro para os construtores, que no geral eles fazem o seguinte: eles entregam dois apartamentos mobiliados, e eu digo “agora eu vou fazer um pedido aqui”, não é, Baldy, “fazer um pedido, eu quero que os construtores entreguem mais 5 ou 6 apartamentos mobiliados”. E aquilo naturalmente ganha aplausos de todos.
Mas isso tudo foi possível tendo em vista a eficiência, a eficácia e eficiência com que se conduz o Ministério das Cidades ao lado da Caixa Econômica Federal. E assim tem sido em todo o governo, dou exemplo aqui, da transposição. É interessante quando chegamos aqui, a transposição do rio São Francisco estava inteiramente paralisada. E paralisada porque não se pagava os débitos que o poder público tinha com aqueles que legitimamente trabalhavam nas várias localidades, não é, José Maranhão? E o que é que nós fizemos? Nós regularizamos esta parte, já inauguramos o chamado Eixo Leste, que leva água para o estado da Paraíba e parte de Pernambuco. E agora, muito proximamente, estaremos inaugurando o Eixo Norte que leva água para Rio Grande do Norte, Fortaleza, Ceará e a outra parte de Pernambuco.
E, ao mesmo tempo, cientes e conscientes da responsabilidade que temos com o País e com o rio São Francisco, o que que nós estamos fazendo? Nós estamos envidando esforços para revitalização do rio São Francisco. Ainda recentemente, em uma das comunidades eu autorizei o Helder Barbalho a proceder os estudos naquela conjugação da bacia do Tocantins com a bacia do São Francisco, de um lado. E mesmo agora na questão da eventual descotização da Eletrobras, o que se está fazendo é reservar um grande volume de verbas para a revitalização do rio São Francisco. E tudo isso é fruto de um governo, penso eu, muito responsável. E assim tem sido em todos os setores da administração pública.
Então, neste momento, eu digo que é uma gratíssima satisfação, celebrar com todos os senhores e as senhoras a retomada das obras do BRT de Goiânia. Que eu verifiquei ao longo do tempo e verifico agora pelas palavras ditas que é uma obra desejada, anunciada, buscada há muito tempo por Goiânia. De modo que, na gestão do Iris Rezende, do nosso vice-governador Wellington, José Wellington, eu creio que nós praticamos hoje um ato muito importante para Goiás. Mas também importante para o Brasil, porque sempre nos dá a oportunidade de ao usarmos aqui a tribuna dizermos o que temos feito ao longo de todo esse período.
Interessante, ainda ontem, viu, Iris, eu falava lá no Davosito, lá... Aliás, lá em Davos, quando fui para lá, eu terminei o meu discurso dizendo: o Brasil voltou. E ontem, em face das novas realidades no Davosito que se fez aqui em São Paulo, eu disse: o Brasil voltou para ficar e ficou. Quer dizer, é um novo Brasil que nós estamos construindo com auxílio dos ministros, auxílio do Congresso Nacional. Auxílio do Congresso Nacional porque nós eliminamos uma visão muito centralizadora que nós temos no País, e digo aos senhores e às senhoras que um dos nossos trabalhos é mudar a cultura política do País. Porque a nossa cultura política é uma cultura de muitas centralização. Nós queremos que a União Federal e, na União Federal, o Poder Executivo governa. O Poder Executivo faça tudo.
Isto é fruto, interessante, de uma centralização que faz parte da nossa cultura desde o Brasil Colônia. Para dizer obviedades, eu digo, interessante quando nós estávamos no Brasil Colônia, primeiro vieram as Sesmarias, as Capitanias Hereditárias, o governo geral, todos os fenômenos centralizadores.
Chegamos ao Império, inauguramos o estado unitário, quer dizer, todo poder ao poder central. E quando chegamos na República, embora nós tenhamos constituições descentralizadoras, nos seus dizeres escritos, a verdade é que a realidade não era essa. Foi assim de [18]91 a [19]30, com os mais variados problemas, embora a constituição descentralizasse os poderes das províncias para os estados, veio uma centralização em [19]30 que durou até [19]45, depois novamente os ares da descentralização vieram aos céus do Brasil, nós tivemos de [19]45, [19]46 até [19]64, e novamente uma centralização absoluta de [19]64 a [19]88, e agora nós estamos de [19]88 já com quase 30 anos e estamos rompendo um ciclo histórico inevitável que é a cada 25, 30 anos, nós temos um movimento interno do País que leva à ideia da criação de um Estado novo, de um novo Estado.
Portanto de uma centralização e descentralização, centralização e descentralização. Ora bem, nós temos maturidade suficiente hoje para pregarmos uma cultura política em que na verdade nós possamos caminhar com muita tranquilidade com a ideia da separação de poderes, mas não fazendo do Legislativo um apêndice do Poder Executivo, ao contrário, o Legislativo governa com o Executivo e por isso que nós chegamos até aqui.
Então quando vocês dizem assim “interessante, nós temos hoje juros de 6.75, contra os 14.75 do início do nosso governo”, que não é de 8 anos atrás, não é de 4 anos atrás, é um governo de 1 ano e 10 meses, quando nós vemos a inflação caiu de 10.28 para 2.7 hoje, isso é fruto dessa desta conjugação de fatores que determinaram a condução do nosso governo com a preocupação administrativa especialíssima, porque quando, voltando aqui ao BRT de Goiânia, o que mais o pai e a mãe de família quer é um deslocamento ágil, um deslocamento rápido.
Isso está muito ligado à ideia, interessante, à ideia constitucional da dignidade da pessoa humana, as coisas indignas são: falta de emprego, nós estamos combatendo o desemprego, serão deslocamentos muito longos. Vejam que quando surgiram movimentos pela mobilidade urbana, não é, Baldy, em 2013, 2014, foi porque, é interessante, as pessoas conseguiram adquirir seu carro, mas, ao adquirirem seu carro, entram no trânsito das grandes cidades e levam 2, 3 horas para chegar ao trabalho e, de igual maneira, para voltar para casa, ou seja, algo indigno.
O BRT, de alguma maneira, traz a ideia dessa dignidade de locomoção. Digamos assim: a pessoa chega mais cedo em casa ou chega mais cedo no trabalho, de modo que neste momento eu faço uma especialíssima homenagem ao ministro Baldy, àqueles todos deputados e senadores, o Daniel Vilela, tantas vezes esteve aqui, o Wilder, a senadora, todos eles estiveram aqui pleiteando melhorias para Goiás e para Goiânia, mas especialmente uma homenagem, repito a palavra, especialíssima ao Iris Rezende, que tem uma vida política de uma sabedoria, de uma competência, de uma exação, de uma ponderação, de um equilíbrio extraordinários.
E por isso eu quero homenageá-lo e termino meu discurso pedindo um caloroso aplauso a ele e ao Baldy e a Goiás.
Ouça a íntegra do discurso (12min57s) do Presidente.