30-01-2018-Discurso do Presidente da República, Michel Temer, durante Cerimônia de Anúncio do Custeio Antecipado da Safra 2018/2019 - Rio Verde/GO
Rio Verde/GO, 30 de janeiro de 2018
Governador Marconi Perillo, eu vou pedir licença para começar saudando os nossos anfitriões aqui em Rio Verde.
Eu começo cumprimentando o Paulo do Vale, a sua esposa Lilian, primeira dama.
O senhor Antonio, da Comigo.
E dizer, inauguralmente, da satisfação que esta solenidade causa a quem já sabe o quanto o agronegócio fez pelo País.
Eu até constatei, governador Marconi Perillo, Henrique Meirelles, Blairo Maggi, Helder Barbalho, Alexandre Baldy, vice-governador José Eliton,
Presidente do Tribunal de Justiça, Gilberto Marques Filho,
Deputados federais: Daniel Vilela, Heuler Cruvinel,
Presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli,
Deputados estaduais: Lissauer, Jean e Victor,
O Marcio Freitas, da OCB,
O presidente da Câmara Municipal de Rio Verde, vereador Lucivaldo Medeiros,
Senhores produtores rurais, senhoras e senhores.
Eu reitero, o que estava começando a dizer, governador, no sentido de que, interessante assim que eu assumi o governo, eu verifiquei que havia paralisação de vários setores. Mas o setor agricultura, agronegócio, sem embargo das dificuldades, não paralisou. Ele continuou trabalhando e ao longo do tempo conseguiu que nós trilhássemos um caminho que permitisse a redenção, ou a volta do Brasil, como aqui ficou sustentado, sustentado, pelos vários oradores.
E eu não vou, naturalmente, repetir tudo aquilo que os oradores aqui disseram e apregoaram, mas é interessante ressaltar certos fatos. O primeiro deles, eu devo dizer e agradecer ao nosso Prefeito, por ter lembrado do caso da Previdência Social, que é algo que está na pauta, que deverá ser votado, muito proximamente pela Câmara dos Deputados e depois pelo Senado Federal, fechando, por assim dizer, ou quase fechando, um ciclo de reformas que nós estamos fazendo no Brasil.
E eu reitero, nós conseguimos levar isso adiante, precisamente, porque nós tivemos um amparo extraordinário do agronegócio do nosso País. E também, como lembrou o presidente Caffarelli, este é o quarto evento que eu compareço, e sempre com um financiamento muito produtivo para o setor que mais produz pelo nosso País.
Por isso que eu digo, o Brasil tem muito a comemorar pelo desempenho de seus agricultores em todo o período, mas, especialmente, no ano que se encerrou. Para não dizer novidade, basta dizer da nossa safra recorde, mais de 240 milhões de toneladas em grãos. E agora ainda em Davos, quando conversávamos com Blairo Maggi - Caffarelli - ele dizia que este ano a safra também será recorde, talvez podendo ultrapassar estes valores e estes dados que nós acabamos de anunciar.
E com isso, os senhores podem contar com o governo federal, basta verificar o entusiasmo com que os ministros e o governador, e todos aqui se manifestaram, para verificar o apoio extraordinário que o governo federal quer dar a este setor.
E não foi sem razão que nós tivemos também um expressivo crescimento de nossas exportações agrícolas, cerca de 17%. Aliás, isto proporcionou um saldo histórico em nossa balança comercial de cerca de 67 bilhões de dólares.
É interessante, eu até registro um fato sempre muito curioso, de vez em quando, nós estamos em ano eleitoral, não é presidente, senhor presidente do Tribunal, e eu verifico, eu examino o panorama eleitoral e digo: interessante quem quiser opor-se aquilo que o governo fez ao longo deste ano e oito meses, como salientou o Marconi, vai ter de dizer o seguinte: olha aqui, eu sou contra o teto dos gastos públicos, porque eu quero gastar à vontade.
E veja que, ao elaborarmos um teto dos gastos públicos, a área econômica, Meirelles, teve um cuidado extraordinário. Previu um prazo de 20 anos para que houvesse um empate, digamos assim, da arrecadação, com aquilo que se gasta, e revisável apenas 10 anos depois.
Interessante, veja, como isto está ocorrendo com uma velocidade extraordinária. Neste ano, embora houvesse uma previsão de déficit de 159, não me passou, [R$] 159 bilhões, nós ficamos em [R$] 124 bilhões. Quer dizer, houve uma redução sensível do déficit.
Então, é muito provável que muito antes dos 10 anos previstos na Emenda Constitucional, nós conseguimos equacionar o teto dos gastos públicos.
Mas quem quiser também opor-se ao governo vai ter que dizer o seguinte:
Olha aqui, eu sou contra a reforma do ensino médio. Eu sou por aquele ensino médio anacrônico, superado, que ao longo do tempo produziu os maiores desajustes no setor educacional do Brasil.
Ou, também, sou contra a modernização trabalhista, cujo objetivo é, exata e precisamente, trazer empregos para o nosso País.
Ou quem sabe, ele poderá acrescentar, como foi dito aqui, eu sou contra esses ridículos 2.95 de inflação. Eu sou a favor é dos 10.28 da inflação.
Ou, então, também haverá de dizer: eu sou contra esses ridículos 7% da taxa Selic. Eu sou a favor dos 14.25.
Eu sou contra 1 milhão e 400 mil postos de trabalho, que foram criados nesses quatro meses passados.
Eu sou contra a moralização das estatais.
Eu sou contra a repactuação que nós fizemos, governador Marconi Perillo, da dívida dos estados. Algo que vinha há muito tempo sendo postulado e ninguém teve coragem de sentar-se à mesa com os governadores e dizer: vamos repactuar a dívida dos estados, que trouxe um benefício extraordinário para os estados.
Eu sou contra o auxílio que se deu aos municípios brasileiros. Os municípios eram todos inadimplentes, porque não pagavam a Previdência Social, e nós fizemos uma composição, doutor (incompreensível), que permitiu que os municípios parcelassem em até 240 meses, ou seja, de inadimplentes, tornaram-se adimplentes.
No ano passado, no ano retrasado, melhor me expressando, quando os municípios não conseguiam fechar suas contas, nós aportamos o valor das multas da repatriação, o que permitiu que os municípios fechassem as suas contas.
Mas eu quero dizer que, de fora a parte tudo isso, o fato é também na área social, nós estamos trabalhando intensamente.
Os senhores como produtores rurais já produzem algo essencial para o País, que é a permissão até do crescimento do nosso PIB. Nosso PIB que esse ano é de 1%, mais ou menos, mas o Meirelles diz que no ano de 2018 será de 3% ou mais. Mas nós estamos também agindo na área social. O Baldy, esse ministro extraordinário, faz um trabalho, como todos os ministros, aliás, uma coisa que nós temos, viu Marconi, os ministros registram aqui, e é verdade, querido Iris Rezende, meu amigo, velho, prefeito e ex-governador, e Maguito Vilela, meu querido amigo.
Nós temos uma harmonia extraordinária na nossa equipe governamental, porque eu soube descentralizar, eu não centralizo as atividades, embora as acompanhe a todos, todas as atividades, mas os ministros têm uma liberdade extraordinária para a sua ação.
E por isso que o Baldy disse: olha aqui, nós vamos continuar a distribuir casas do Minha Casa Minha Vida, mas no Programa Nacional de Habitação Rural, eu até quero dizer, viu, Baldy, você tinha me falado de quanto seriam essas casas, e nós concluímos estudos no dia de ontem com seu auxílio, permitindo o lançamento de 50 mil moradias para trabalhadores rurais. Ou seja, nós cuidamos dos produtores rurais.
E dos produtores rurais, incluindo os grandes produtores e os pequenos produtores da agricultura familiar. Todos eles são, digamos assim, aquinhoados por esses empréstimos que nós estamos fazendo por meio do Banco do Brasil e pela atuação do Caffarelli.
Mas também pensamos naqueles trabalhadores que não tem casa, que querem a sua moradia, e por isso com a programação que o Baldy sugeriu, e que nós agora colocamos em termos numéricos, vai a 50 mil casas populares.
Como de resto, aliás, pensando precisamente no trabalhador rural, vocês sabem que no caso da Previdência Social, nós excluímos os trabalhadores rurais. Eles não serão alcançados pela reforma da Previdência, ou seja, é uma reforma que nós estamos fazendo para os mais pobres, isto é que nós estamos fazendo no nosso projeto.
Portanto, nós estamos dando esses R$ 12 bilhões de crédito aos agricultores não apenas para, com os juros mais acessíveis, não apenas para aumentar a produção, mas é um reconhecimento, também, àquilo que os senhores fizeram pelo nosso País.
Portanto, prefeito de Rio Verde, nosso querido amigo Paulo do Vale, eu quero dizer da satisfação que você me deu ao mandar-me também um convite para que viesse aqui a Rio Verde. E eu sobrevoando agora esta região, eu vi a prosperidade. Isso aqui respira prosperidade, e isso nós encontramos em vários pontos do País.
De modo que, nós nos preocupamos com todos os setores, mas nós nos ancoramos, o governo federal, no trabalho que os senhores produtores rurais fazem pelo Brasil e pelo governo federal.
Muito sucesso aos senhores.
Ouça a integra (12min18s) do discurso do Presidente Michel Temer