Você está aqui: Página Inicial > Presidência > Ex-Presidentes > Michel Temer > Discursos do Presidente da República > 16-08-2017-Discurso do Presidente da República, Michel Temer, durante Cerimônia de Assinatura do Decreto que Reconhece os Supermercados como Atividade Essencial - Brasília/DF

16-08-2017-Discurso do Presidente da República, Michel Temer, durante Cerimônia de Assinatura do Decreto que Reconhece os Supermercados como Atividade Essencial - Brasília/DF

Palácio do Planalto-DF, 16 de agosto de 2017

 

Eu quero cumprimentar o presidente João Sanzovo, que é o presidente da Associação Brasileira de Supermercados, em nome de quem eu tomo a liberdade de cumprimentar todos os empresários dos segmentos supermercadistas aqui presentes.

Que cumprimentar o Eliseu Padilha, os nossos ministros, todos aqui presentes.

Os deputados federais Fábio Ramalho, Carlos Marun, Cristiane Brasil, Daniel Vilela, Domingos Sávio, Goulart, João Gualberto, Raquel Muniz, Walter Ihoshi, Wilson Beserra, Zé Augusto Nalin, contei todos, não é? De vez em quando falta alguém.

Senhoras e senhores, eu quero em primeiro lugar comemorar um fato, que é o fato do João não comemorar este evento, soltando rojão aqui dentro. Na verdade, foi uma ameaça que logo se concertou.

Mas eu quero dizer que a cerimônia de hoje, ela traz a nossa mente, pelas palavras do João, pelas palavras do Sávio, pelas palavras de todos que eu ouvi antes de chegar aqui.

Ela traz duas palavras, acho que traz confiança e otimismo. E eu até acrescento: traz alegria. Interessante, nós trazemos aqui, João, muitas solenidades. Claro que como todo nome indica, as solenidades sempre têm uma certa cerimônia, as pessoas ficam um pouco cerimoniosas. Aqui não, estão todos muito à vontade. Os aplausos que você recebeu, que o Sávio recebeu, o entusiasmo em que se manifestam,  e alguns aqui já me ouviram dizer isso várias vezes.

Você sabe que palmas, o João que foi prefeito, ele sabe disso, portanto fazia política. Palmas é o seguinte: às vezes tem um puxador de palmas, às vezes tem palmas protocolares, às vezes tem palmas cerimoniosas, mas aqui não, as palmas vieram do coração. Da alegria de todos os brasileiros que estão aqui.

Por isso que eu vejo aqui, empresários confiantes para contratar e investir. E otimistas com o crescimento da nossa economia. E é isso que, digamos, entusiasma a minha confiança, também o meu otimismo.

Interessante, viu João, você sabe que, meus senhores, minhas senhoras, deputados, amigos, nós estamos trazendo o Brasil para o século XXI, em 15 meses de governo. Convenhamos, nós não temos quatro anos de governo, oito anos de governo. Nós temos 15 meses de governo e tudo que você relacionou na sua fala revela exatamente a modernidade, que o momento e o instante exigem.

A própria modernização trabalhista, convenhamos algo como foi anunciado, desejado e trabalhado e tentado há mais de 20, 25 anos, sem nenhum sucesso. Nós a fizemos com a concordância entre empresários e empregados. Foi um avanço extraordinário, que marca bem, uma das marcas do nosso governo que é o diálogo. Diálogo com o Congresso Nacional, diálogo com a  sociedade.

E hoje, interessante, mais do que nunca, a cerimônia de hoje permite a abertura dos supermercados aos domingos e as pessoas às vezes dizem, o Sávio  me explicava: Ah, faz isso, mas tem que fazer acordo, tem multa, tem isso, tem aquilo, etc. Agora não, nós estamos, portanto, modernizando porque não é só em favor dos senhores não, é em favor do povo brasileiro O povo brasileiro quer ir ao supermercado no feriado, no sábado, no domingo, muitas vezes à noite. Então, é uma modernização que, na verdade, nós estamos fazendo ao longo do tempo.

É interessante, eu devo registrar, aos senhores e as senhoras, um fato curioso. Toda vez que você propõe uma reforma, a primeira coisa é uma guerra brutal contra a reforma. Logo depois, reforma aprovada, o que se verifica nas pesquisas é uma aprovação extraordinária e o silêncio daqueles que protestaram, porque foram obrigados a curvar-se à realidade que aquela reforma trouxe.

Eu dou como exemplo, tenho repetidamente dito, a reforma do Ensino Médio. Acho que o Vilela trabalhou também nessa matéria, o Fábio Ramalho trabalhou nisso, todos trabalharam nessa matéria. E ela no começo foi muito contestada, mas hoje é aplaudida, reconhecida por todo setor educacional.

A modernização trabalhista, sem dúvida, e agora, como bem lembrado, a simplificação tributária. Eu estou impressionadíssimo com os depoimentos que vejo de todos os empresários, dizendo até que muitas vezes são obrigados a manter muitos servidores para poder atender a burocracia tributária. E ao longo do tempo, eu tenho falado menos em reforma tributária e mais em simplificação tributária. Tenho participado nos estudos, os estudos estão caminhando.

Eu espero que em brevíssimo tempo, nós possamos aqui, nesse mesmo auditório, comemorar aquilo que se pleiteia há anos e anos seguidos, não se consegue, mas que nós possamos logo aplaudir aqui dentro, neste auditório, uma simplificação do sistema tributário, em benefício do empresariado brasileiro.

          Quero também registrar isto que o João e o Sávio registraram, que a necessidade da reforma previdenciária. Um tema, eu reconheço, árido, mas fundamental, porque nós estamos fazendo, também, buscando, e aqui eu faço um parênteses para pedir o apoio dos senhores. Que muitas vezes eu vejo, que o Congresso quer fazer, o Executivo quer realizar, mas é preciso que as classes produtivas do País, tanto empresários, como empregados, os setores produtivos do País nos apoie na tarefa, porque, evidentemente, que esta reforma da previdência não é para o nosso governo. Nosso governo tem mais um ano e pouco. Não é para o nosso governo, mas é para o futuro, mas um futuro muito próximo. Porque às vezes me dizem: Ô Temer, não fala que é para o futuro, que as pessoas vão, se é para daqui a 10 anos, então não é comigo. Mas não é daqui a 10 anos não. Nós já temos dificuldades neste ano, o déficit previdenciário neste ano é de 180 bilhões. No ano que vem é de 205 bilhões e isto tudo embaraça a economia brasileira. Então não é para daqui a oito, 10 anos, é para amanhã.

Então, nós temos, eu peço aos senhores e as senhoras, que na verdade, nos auxiliem nessa tarefa. Onde estiverem, onde puderem publicar, onde puderem declarar, onde puderem discursar, onde puderem enfatizar a necessidade premente da reforma previdenciária no nosso País.

E veja, se nós fizemos a reforma dos gastos públicos, que foi questionada, mas hoje é aplaudida. Se nós fizemos a modernização trabalhista, se estamos fazendo isso que estamos fazendo aqui para os supermercados, se fizemos a terceirização, que é uma coisa que vinha há muito tempo sendo debatida e que não se conseguia fazer, se fizermos a simplificação tributária, a reforma previdenciária, e juntamente com o Congresso Nacional, naturalmente, uma reformulação política no País, este poderá ser tido como conhecido e reconhecido como um governo reformista. Um governo que conseguiu levar adiante aquilo que se almejava muito no País e que há muito tempo não se conseguiu fazer.

E aí eu confesso, que o comércio varejista, que é o que os senhores fazem, nos dá uma medida clara de como anda a economia. Porque, afinal, o varejo é o último elo de uma longa cadeia de produção e distribuição. É do varejo que vai para o cidadão e, convenhamos, os números são expressivos. Nós registramos ontem o terceiro mês consecutivo de alta no comércio varejista. Isto significa que as pessoas voltaram a consumir, que as famílias voltaram a fazer suas compras. Isto é sinal de uma economia que se recupera, que volta a gerar emprego.

Convenhamos, quando nós pegamos uma inflação que hoje está em 2.71[%], portanto abaixo do teto da meta que é 3%, quando nós pegamos a taxa Selic caindo em 14.25[%] para 9.25[%], a indicar que no final do ano talvez estejamos em 7.5%, como as coisas estão caminhando, nós dissemos: “bom, há dificuldades? Há, mas são dificuldades herdadas, são dificuldades que nós estamos combatendo”.  E para usar a expressão do João, que eu tenho repetido, nós estamos colocando os trilhos no lugar certo, e quem pegar a locomotiva em 2018, 19, vai poder caminhar pelos trilhos sem nenhum embaraço, sem nenhum problema.

          Isso tudo tem mostrado que é possível voltar a gerar empregos, o grande problema nosso é o desemprego. E já são quatro meses seguidos de criação líquida de postos de trabalho.

E naturalmente nada disso é por acaso, essa retomada é resultado do nosso trabalho sério, incansável, para colocar o Brasil no seu rumo. Esse tem sido, meus senhores, o objetivo do nosso governo desde os primeiros dias.

E eu até reconheço, ministro Padilha, nós temos comentado muito isso, quando nós produzimos essas “modernidades”, usar a expressão entre aspas, no País, quando nós fazemos esses avanços nós incomodamos muitos setores. É interessante, há outros que, ao invés de pensarem no Brasil, pensam em si ou pensam no dia imediato.

Por isso que eu faço sempre, estou sendo repetitivo neste particular, eu faço uma diferença entre as medidas populistas que são aplaudidas amanhã, mas causam um grande prejuízo depois de amanhã. E as medidas ditas populares, que demandam um largo período para serem reconhecidas.

O que nós praticamos é medidas populares, nós queremos o reconhecimento lá na frente e não com o aplauso fácil daqueles que praticam medidas irresponsáveis.

Então por mais que incomode determinados setores,  as pessoas vêm e tentam pegar nas nossas palavras, tentam pegar nos nossos gestos, nos gestos do governo, um ou outra falha para tentar desmoralizar.

O que eu sinto em todos os locais que eu compareço, e olhe eu vou dizer a vocês, recentemente eu fui a Mato Grosso, e lá eu fui por helicóptero durante uns 40 minutos mais ou menos, e lá em Mato Grosso, uma planície, tudo cultivado, estou falando aqui do agronegócio, tudo cultivado, a exceção das aguadas, onde havia água, havia uma floresta ao lado. E lá fomos iniciar a colheita de algodão. E eu fiquei impressionado, mais uma vez impressionado com o nosso País, como é que nós podemos ser pessimistas com um País que produz, que tem uma produção na agricultura como a nossa, que tem um varejo excepcional como este, que os senhores patrocinam, que tem o entusiasmo de todos.

É interessante,  eu vejo muitas vezes um pessimismo de opinião, não um pessimismo de ação. O que eu vejo no brasileiro é um grande otimismo, eu vejo esperança, a esperança vem de esperar. Portanto, as pessoas esperam cada vez mais que melhore, deputado Perondi, cada vez mais que melhore. Esta é a esperança do brasileiro e isto vai se concretizando.

Portanto, ao cumprimentar os senhores supermercadistas, que são os titulares supremos do varejo, eu quero cumprimentar também a possibilidade que os senhores e nós todos estamos dando ao povo brasileiro de frequentar com toda tranquilidade os supermercados nos feriados e nos domingos.

Muito obrigado.

 

Ouça a íntegra do discurso (13min08s) do presidente.

registrado em: