02-03-2018-Discurso do Presidente da República, Michel Temer, durante cerimônia de Entrega de Ambulâncias SAMU - 192 - Renovação de Frota - Sorocaba/SP
Sorocaba/SP, 02 de março de 2018
Eu quero cumprimentar o Crespo, meu velho amigo, o Ricardo Barros, ministro da Saúde, o Adail Carneiro, meus colegas amigos deputados federais,
O Adail Carneiro, o Beto Mansur, o Goulart, o Marcelo Squassoni, o Ricardo Izar.
O vereador Rodrigo Manga, presidente da Câmara Municipal de Sorocaba.
O prefeito de Votorantim.
Enfim, prefeitos, secretários municipais de Saúde, mas, especialmente, eu quero, da maneira mais informal possível, porque eu vejo que a cerimônia, não é, Ricardo, não é, Crespo, transformou-se em uma informalidade extraordinária.
Mas é coisa boa, viu, Flávio e Renato, a coisa boa de vir aqui a região é que a gente senta-se aqui e começa a cumprimentar as pessoas que me acompanham, viu, colegas deputados federais, há mais de 30 anos.
Então são pessoas que me frequentam e eu os frequento há mais de 30 anos aqui na região. Esta é uma coisa, digamos assim, para mim, viu, Ricardo, isso aqui soa como um ambiente familiar, é como se estivesse voltando para minha família.
Então, é com um prazer extraordinário que eu estou aqui em Sorocaba para a entrega dessas 300 ambulâncias, na verdade, para todo o País. Mas, disse bem o Ricardo, viu, Ricardo, foi confirmado por vários e várias que receberam as chaves que há sete anos não recebiam ambulâncias.
Então, digamos assim, é uma certa revolução que estamos fazendo por seu intermédio na saúde. E eu, ao longo do tempo, interessante, viu, Crespo, há poucos dias, o Ricardo fez uma homenagem aos médicos com a medalha Oswaldo Cruz e tinha uma multidão, uma multidão enorme lá no Palácio do Planalto, e eu disse: olhe, eu fui muito feliz nas minhas escolhas que fiz para o ministério.
Vocês vejam que eu tenho um governo de um ano e 9 meses. Não é um governo de quatro anos ou de oito anos, é o governo de pouco tempo, mas nesse pouco tempo nós conseguimos na economia isso que todos estão acompanhando. A Bolsa de Valores, por exemplo, que é o maior indicativo de confiança no País, quando nós chegamos estava em 40 mil pontos, hoje está em mais de 80 mil pontos a Bolsa de Valores. Vocês viram o PIB do ano passado de 1%, mas nós saímos de um PIB negativo de 3,5%, ao qual se soma esse 1%, e agora, com a previsão deste ano, nós vamos ao PIB mais ou menos de 3 ou 3,5%.
Agora, quando a gente fala isso tem que explicar um pouco. O que significa você ter uma inflação que estava em 10,28%, agora está em 2,6%. O que significa ter juros de 14,25% e hoje está em 6,75%. Qual é o significado disso para o povo? Significa que o salário está valorizado, significa que os preços de alimentos caem porque não tem como aplicar, digamos, critérios inflacionários, então eu tive muita sorte na economia.
Vocês têm observado, quando eu falo assim: neste ano nós vamos ter mais ou menos de 3 a 3,5%, senhores prefeitos e prefeitas, a previsão é que nós temos abertura neste ano de mais de 3 milhões de postos de trabalho. Como tivemos agora neste último trimestre, Crespo, a abertura de 1,8 milhão novos postos de trabalho. Evidentemente, depois de tirar o País de uma recessão extraordinária, que os pontos eram todos negativos e, aos poucos, nós fomos construindo, na verdade, um novo País.
Mas é interessante, não é só na economia. Quando falo de educação, por exemplo, vocês sabem, quem é a professor aqui sabe disso, professora, nós fizemos a chamada reforma do Ensino Médio, que era desejada há mais 20 anos. Eu fui presidente da Câmara dos Deputados há 20 anos atrás, em 97, e lá se falava em reforma do Ensino Médio. Nunca saiu. Saiu agora conosco, no nosso governo e patrocinada, aprovada, aplaudida por mais de 95% de toda a educação no Brasil. Fechamos, olha aqui, há pouco tempo nós fechamos lá na Educação, no Palácio, com o ministro da Educação, Mendonça Filho, 500 mil vagas no ensino de tempo integral. E essas 500 mil vagas no ensino tempo integral, Renato, é coisa de país desenvolvido.
Eu me lembro que no discurso que eu fiz agora em Davos, países europeus, etc. No meu discurso, tinha essa história que eu estava abrindo 500 mil vagas. Alguém me disse assim: Olha aqui, não coloca isso não porque aqui nos países da Europa, o comum é ensino em tempo integral. Que é coisa de país desenvolvido. Até tirei, expliquei as 500 mil vagas, mas que nós iríamos logo caminhar para um milhão, mais de um milhão de vagas no ensino em tempo integral, que tem duas vertentes. Uma vertente que é educacional, o sujeito vai ficar lá, o menino vai ficar lá aprendendo, mas também a vertente social. Muita gente pobre que passa o dia na escola recebe alimentação, o que é também uma função social que a educação promove.
De vez em quando, meus amigos e minhas amigas, eu vejo observações em relação ao meio ambiente, como se nós não protegêssemos o meio ambiente. Pois muito bem, há pouco tempo atrás, o Zequinha Sarney, que é nosso ministro do Meio Ambiente, me trouxe um relatório a mim e alguns ministros em que se revelava que o desmatamento no Brasil neste ano e meio caiu 16%, porque estava numa velocidade extraordinária o desmatamento. Setores do meio ambiente, dou exemplo aqui, lá no Planalto Central, tem a chamada Chapada dos Veadeiros, nós aumentamos, Flávia, em 400% a área da Chapada dos Veadeiros. Lá no Rio de Janeiro tem a chamada reserva biológica, nós aumentamos em 400% a reserva biológica, e outros tantos fatos e efeitos derivados da ação relativamente ao meio ambiente. Quando nós pegamos agricultura então, aqui certamente tem muitos agricultores, quando pegamos a agricultura, a safra recorde no ano passado e outra safra recorde anunciada para este ano.
Então, estou dando pequenos exemplos e eu dizia isso para dizer o seguinte: como o Ricardo fez um belíssimo trabalho lá na saúde, vocês vejam, são mais de mil ambulâncias, essas ambulâncias do Samu, mas tem as ambulâncias brancas também, 6,5 mil ambulâncias, os gabinetes odontológicos, quantos são, Ricardo? Mais 5 mil gabinetes odontológicos, uma revolução na saúde.
Eu dizia: olhe, vocês vêem que eu escolhi muito bem os meus ministros, mas um dos meus maiores acertos foi ter nomeado o Ricardo Barros, ministro da Saúde.
E, por isso, nós temos tido a oportunidade de comparecer a várias solenidades da saúde sempre revelando esse novo desenvolvimento do nosso país, e agora, como o Ricardo falou em segurança pública, eu quero dizer que eu tive alguns gestos ousados, vocês sabem, e o Brasil carece, precisa de coragem, precisa de ousadia.
Eu fiz coisas neste um ano e nove meses que os outros governos não tiveram coragem de fazer. Por exemplo, fixar um teto de gastos públicos, você só pode gastar aquilo que arrecada, jamais se fez isso no nosso País.
Fazer a modernização trabalhista, convenhamos que está abrindo empregos, e a própria reforma do Ensino Médio. E, agora é interessante, vocês sabem que o lema do nosso governo é Ordem e Progresso, que é o lema da nossa bandeira. O progresso nós já estamos atingindo, basta ver os jornais de hoje, as manchetes dos jornais. Saímos da recessão, Ricardo, saímos da recessão e, ao saímos da recessão, significa que nós estamos progredindo. Portanto, o progresso nós estamos alcançando, o que é preciso agora é ordem, e ordem é progresso.
Por isso que nós fizemos uma intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro com aquiescência, com concordância do governador do estado porque realmente a situação lá estava muito delicada, e se as coisas desandam lá no Rio de Janeiro, elas servem, digamos assim, de mau exemplo para o País.
E a segurança pública é algo que interessa ao País inteiro. Hoje, essa coisa de tráfico de drogas, Ricardo, eu nem sabia que, por meio da ambulância, você vê como são criativos, a ambulância liga lá sirene, ninguém para, ir lá está carregada de droga.
Então, veja que coisa extraordinária e como foi útil a lei da intervenção no Rio de Janeiro, eu ter criado agora há poucos dias atrás o Ministério Extraordinário da Segurança Pública.
E ontem ainda, viu, Crespo, eu fiz uma, e prefeitos que aqui se acham, ontem ainda eu fiz uma reunião de todos os governadores de estado e disse: a segurança pública não é uma questão só da União Federal ou só dos estados ou só dos municípios, é uma questão do País. Então, nós todos precisamos estar reunificados para, exata e precisamente, combater a insegurança e dar tranquilidade ao povo brasileiro e todos concordaram, os governadores todos. Eu disse: vocês, quando chegarem aos seus estados, fazer reuniões com o poder Legislativo local, com o Tribunal de Justiça, com o Ministério Público, a Defensoria Pública e com as entidades de bairros, etc, com a sociedade civil. Para dizer: vamos combater a insegurança.
Porque isto, eu fui secretário da Segurança, vocês sabem, por duas vezes aqui em São Paulo. A segurança também, ela demanda equipamentos, demanda combate à criminalidade, mas demanda também o povo perceber que o governante está preocupado com esse tema. Isso gera também, uma sensação de segurança que é muito importante.
Eles saíram todos de lá, dispostos, além de eu colocar recursos do BNDES, que são empréstimos. Eu destinei, nós estamos investindo R$ 42 bilhões para segurança em cinco anos. Mas, neste ano, R$ 5 bilhões, isto pelo BNDES.
Agora, destinei R$ 1,2 bilhão para os estados, para cada qual deles construir uma penitenciária, que ninguém também suporta mais a superlotação das penitenciárias, que vivem gerando conflitos, rebeliões, etc. E, portanto, pedi a eles que também fizesse o possível para construir as respectivas penitenciárias. Além de ter prometido, porque eu vi nos jornais hoje que parecia que apenas seria por meio de empréstimo do BNDES. Mas não é não, além desse R$ 1,2 bilhão, que nós estamos colocando, outras verbas poderão vir para equipamentos.
Então, aproveito aqui, já que o Ricardo fez menção a isso, para pedir aos prefeitos, vereadores, a todos. Façam reuniões nas suas cidades, especialmente onde houver problema de droga, que hoje, lamentavelmente, alcança praticamente todas, todos os municípios. Façam reuniões na comunidade, chama o juiz, chama o promotor, chama o delegado, chama o comandante da PM, da polícia militar. Diz: olha aqui, aqui nós vamos organizar mutirões, vamos combater a insegurança, usa ai o disque-denúncia, etc.
Esta é, no momento, a grande pauta do País, que é a pauta com vistas a trazer segurança ao povo brasileiro. Por isso que, ao lado do progresso, nós vamos completar o nosso governo estabelecendo ordem e daí nós podemos dizer, Ordem e Progresso é o título da bandeira e do nosso governo.
Meus parabéns a vocês.
Ouça aíntegra do discurso (11min53s) do presidente