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03-05-2018-Discurso do Presidente da República, Michel Temer, durante Cerimônia de inauguração do Hospital Notre Dame - Barretos/SP

Barretos/SP, 03 de maio de 2018

 

Eu vou ler a placa, não é, olha aqui: Centro de Diagnóstico e Imagem Presidente Michel Temer. O sofrimento do próximo é apelo à solidariedade e nos aproxima de Deus. O Hospital do Amor agradece o apoio e comprometimento do presidente da República Michel Temer, homem de coração generoso que se sensibilizou com o sofrimento dos pacientes com câncer e resolveu interpor sua autoridade em favor da expansão da instituição em vários estados do País, como a medicina honesta e de excelência. Deu-nos a oportunidade de colocar em prática a máxima de Paulo Prata: “não há remédio que faça efeito sem que primeiro se restabeleça a dignidade da pessoa humana”. Essa é a placa.

 

Eu quero, em primeiro lugar, cumprimentar os amigos todos, cumprimentar naturalmente o Henrique Prata, que é presidente do Hospital do Amor e outras tantas instituições, não é, Henrique?

Cumprimentar o ministro de Estado Gilberto Occhi, o governador do estado de Rondônia, Daniel Pereira.

Os meus queridos amigos deputados federais Baleia Rossi, Beto Mansur, Carlos Melles, Evandro Russe, Fausto Pinato, Marinha Raupp, Milton Monti.

O prefeito de Barretos, Guilherme Ávila, em nome de quem cumprimento os demais prefeitos presentes.

O presidente do Conselho Nacional do Sesi, meu amigo João Henrique de Almeida Souza.

As senhoras e os servidores servidores do Hospital do Amor, cumprimentar a todos, enfim.

E dizer, interessante, quando eu cheguei aqui em Barretos, viu, Henrique, o repórter me perguntou: “o senhor há muito tempo não vinha a Barretos”, frequentava muito Barretos no passado, quero cumprimentar o presidente da Câmara, mas dizia: “o senhor há muito tempo não vinha aqui. Quando o senhor vem aqui em Barretos, o senhor se sente em casa?” Eu digo, mais do que isso, eu me sinto em família. É o que acontece quando eu venho a Barretos, com muita fraqueza.

E agora, digamos assim, em sentido de família, eu vejo que trouxeram o meu nome para dentro da própria família, e veio pela gentileza, pela delicadeza, pela amizade, pela extraordinária, digamos, bondade do Henrique Prata, que resolveu encimar este prédio com meu nome.

 Então, eu estou definitivamente (...) estou definitivamente inscrito na história aqui de Barretos. De vez em quando me dizem: “olha aqui, a história vai reconhecer o seu governo”. E hoje saio daqui, Henrique, Occhi, prefeito, eu saio daqui com o seguinte: se a história não reconhecer o meu governo, Barretos reconheceu, por meio do Henrique Prata, a minha história. Eu não tenho dúvida disso.

E eu quero também dizer que, é interessante, o Henrique, ele fez uma, eu já conhecia aqui, já conhecia várias unidades, mas não conhecia estas últimas que me foram apresentadas. E, agora, quando ele me apresentou, Beto, exatamente as novidades extraordinárias, uma tecnologia avançadíssima, eu comecei a pensar em um  livro que eu li há pouco tempo atrás, um que até chamava-se Homo Sapiens, que é a história da humanidade, do começo até os dias atuais. Mas depois este mesmo escritor escreveu um outro chamado Homo Deus, que mostra como com o avanço da tecnologia, Occhi, especialmente na medicina, o homem vai passar, dizia ele, no passado, a idade chegava aos 50 anos, depois 60, 70, agora 80, quem sabe 90, mas, com o avanço tecnológico extraordinário da medicina, o homem pode chegar a 130, 140 anos.

E eu olhando hoje, Henrique, as máquinas preciosíssimas, tecnologicamente avançadas que você trouxe do exterior para cá, eu comecei a acreditar no que disse o livro, eu acho que a tendência é realmente essa. Como o Henrique, realmente ele me fez exposições, ele chamava o médico só para fazer cena, porque, na verdade, ao chamar o médico para explicar o que acontecia com cada uma dessas máquinas ou em cada um dos quartos de terapia intensiva etc., ele fazia toda a descrição, que eu disse: “olha, henrique, quando eu for operado, eu quero ser operado por você”.

O que significa isso? Significa que, de fato, ele tem amor pelo que faz, não é? Aliás, um amor que começou na sua família, seu pai, sua mãe é que deram início a essa atividade extraordinária, que é uma atividade voltada para a saúde, mas que tem um cunho social extraordinário, porque é voltada para a saúde, mas voltada para a saúde dos mais carentes.

 E não foram poucas as vezes que eu estive aqui, e hoje, mais do que nunca, eu verifico quantos e quantos pacientes vinham dos outros estados. E, vindo dos outros estados, o que é que fez o Henrique? O Henrique disse: “olha, eu vou instalar unidades em outros estados”, como eu estive lá em Rondônia. Rondônia inaugurou um belíssimo centro hospitalar. Aliás, tudo que é feito por força da atividade do Henrique é uma coisa sempre perfeita, sempre correta, sempre muito adequada. Então, e agora ele, naturalmente, estende os seus braços sociais em saúde por todos, quase todos os estados brasileiros. O meu desejo é que você consiga levar isso às 27 unidades da Federação, seria extremamente útil para o Brasil.

É claro que, como bom gestor, ele, naturalmente, faz legitimamente as mais variadas reivindicações. Por exemplo, fez uma, que ele não quis anunciar aqui, a história dos 18% do empréstimo da Caixa Econômica Federal, que ele disse: “olha, não é possível, eu faço um serviço social”. E eu vou determinar ao Occhi que estude direitinho para ver se reduz esse percentual.

O Occhi, perdão, é que eu vi o Occhi como presidente da Caixa Econômica. Eu vou determinar, mas o Occhi transmite ao Nelson Souza, não é, transmite ao Nelson Souza este pleito do Henrique e de Barretos. E, seguramente, isto pode ocorrer não apenas aqui, mas pode ocorrer em outras tantas atividades ligadas à saúde, com essa fundamentação de natureza social.

E eu fico muito feliz, viu, Henrique, de receber o seu apreço, receber o apreço de todos. Quero cumprimentar também o secretário adjunto da Saúde que está aqui presente, quero cumprimentar (...) cumprimentar a todos, mas dizer que eu fico felicíssimo quando você reconhece as vantagens do nosso governo, do que nós fizemos.

Quero cumprimentar os meus amigos da Rede Vida que também estão aqui. E dizer que, é interessante, nós temos um governo, vou rapidamente falar sobre isso, nós temos um governo de menos de dois anos, nós fazemos dois anos no dia 12 de maio. Mas fizemos, toda modéstia de lado, mas a realidade em primeiro lugar, nós fizemos em dois anos o que muitos não fizeram em muitos e muitos anos de governo.

Nós ousamos fazer, nós enfrentamos temas difíceis, temas complicados, que ganharam, naturalmente, muita oposição e, por terem ganho oposição, ganharam também uma atividade, digamos, contestatória em vários ângulos, em vários setores. E essa atividade contestatória foi precisamente para evitar aquilo que nós vínhamos fazendo, mas não conseguiram. Nós fomos à frente, continuamos fazendo, as reformas fundamentais que nós fizemos, faltam algumas, nós vamos fazer ainda outras tantas, mas eu não vou relacionar aqui tudo que fizemos.

Mas o fato é que, reconhecidamente, desde o primeiro momento que eu cheguei aqui em Barretos e passando antes por Ribeirão Preto, na feira, na Agrishow, que, aliás, faço um registro aqui: você veja o que é confiança que se tem no País. A Agrishow termina no dia de amanhã, na sexta-feira, mas ontem, ainda, e eu recebi, enquanto lá estava, um telefonema do Caffarelli, que é o presidente do Banco do Brasil, dizendo: “olha, presidente, esta Agrishow, em termos de vendas de máquinas, já superou R$ 1 bilhão”, ou seja, o dobro do ano passado. Ora ninguém investe se não tiver certeza e confiança no país. Portanto, quem gastou tudo isso tem confiança no país.

Eu confesso, os meus amigos deputados que me frequentam muito, frequentam muito minha sala, sempre me dizem, sempre dizem: “você tem que sair da sala, tem que viajar um pouco”, porque é aqui que nós nos revitalizamos. Aqui é que nós nos animamos, aqui é que a nossa alma cresce. Porque aqui nós estamos em contato direto com todos e sabendo a grandeza do País.

É interessante, nós temos que restaurar no Brasil um certo otimismo, porque, muitas e muitas vezes, eu vejo expressões extremamente pessimistas. E eu estive muito recentemente na Cúpula das Américas, no Peru, e lá tive a oportunidade de conversar com mais de 18 chefes de Estado. E eu fiquei impressionado como eles veem o nosso país, senhor empresário (...), veem o nosso país de uma maneira muito mais otimista do que internamente nós nos vemos. É uma coisa impressionante. O presidente da Argentina, o presidente Macri me disse: “Temer, como é que você conseguiu fazer a modernização trabalhista no País, há mais de nove, dez meses eu não consigo fazer”, Zé Pedro, “a modernização trabalhista no país. Como é que você atingiu um nível inflacionário de 2.6, 2.7 (...) Nós temos uma inflação anual de 25%, que não é fácil reduzir”. Mas nós conseguimos em função da confiança, especialmente pautada pela ideia do diálogo. O diálogo que nós estabelecemos muito pródigo, muito eficiente, muito capaz com o Congresso Nacional foi o que nos permitiu fazer o que fizemos. Mas também o diálogo com a sociedade. E, ao fazer o diálogo com a sociedade, aqui, mais uma vez, eu volto ao caso do Henrique Prata, nós nos sensibilizamos com os temas da saúde e com os temas sociais. E por isso que o Henrique conseguiu tudo aquilo que vem conseguindo no Governo Federal. Não é uma benéfice minha, não. Sem embargo, não é, Henrique, das coincidências religiosas que nós temos, você mencionou no dia de São Pedro, não é, fazia exatamente 1 ano que nós estivemos juntos, não é? Enfim, ele mencionou várias coincidências de natureza religiosa e espiritual. E acho que essa espiritualidade que nos uniu, na verdade, é que permitiu ao Henrique pleitear o que pleiteou e conseguir o que conseguiu.

Mas o que que quero dizer aqui ao povo de Barretos, ao povo da região, ao povo do estado de São Paulo, ao povo do Brasil é que, quanto mais for solicitado para esta área, mais nós do governo pretendemos fazer. Não tenham dúvida disso.

De modo que, muito rapidamente, eu quero agradecer muitíssimo a gentileza. Aliás, qualquer dia eu vou trazer minha família para verificar, eu estou orgulhosíssimo. E eu, de vez em quando, digo: “olhe, eu não gosto de retrato”, eu, às vezes, digo: “não gosto de retrato na parede, porque parece que eu já morri”. Então, (...) olhe, o nome escrito aí, esse eu tenho orgulho, eu agradeço a você e agradeço a todos.

Sucesso a todos.   

 Ouça a íntegra do discurso (12min04s) do Presidente.

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