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29-03-2018-Discurso do Presidente da República, Michel Temer, durante Cerimônia de Inauguração do Novo Aeroporto de Vitória - Vitória/ES

Vitória/ES, 29 de março de 2018

 

Olhe, antes de saudar as autoridades, eu quero fazer uma comunicação. Nós não somos, no nosso governo, de prometer. Nós somos de entregar. Como nós estamos fazendo agora.

Mas eu vou ousar fazer uma promessa. A promessa de mandar agilizar, governador Colnago, vice-governador Colnago, todos os estudos e todas as medidas necessárias para esse ramal ferroviário que vai até o Sul.

Aliás, eu acho que não deveria dizer mais nada, porque não sei se ganharei tantos aplausos até o final.

Quero também registrar que no caso da [BR]262, eu vou fazer o mesmo empenho. Está dependendo apenas de uma licença ambiental, que se dada, nós vamos prosseguir a obra, não é Maurício? Portanto, mais uma promessa que nós queremos fazer aqui.

E, naturalmente, dizer do prazer de vir aqui ao Espírito Santo. E vir ao Espírito Santo para cumprimentar o Fábio Lima de Oliveira, que é o trabalhador que me entregou aquele pedaço de concreto, a senhora Berenice Correia do Nascimento, que é presidente da Associação de Paneleiras de Goiabeiras;

Cumprimentar o governador Colnago, meu velho amigo aliás, em nome de quem eu cumprimento os secretários de Estado que aqui estão.

Cumprimentar os nossos ministros.

O ministro Eliseu Padilha, o Torquato Jardim, o Henrique Meirelles, o Maurício Quintella, o Dyogo Oliveira;

O  Erick Musso, presidente da Assembleia Legislativa,

O senhor desembargador Sérgio Gama, presidente do Tribunal de Justiça do Estado;

Os prezados amigos, Ricardo Ferraço, Rose de Freitas,

Também os prezados amigos Lelo Coimbra, Carlos Manato, Evair de Mello, Jorge Silva, Marcos Vicente, especialmente o Luciano Rezende, que fez uma belíssima oração também. E, por meio do Luciano Rezende, eu quero cumprimentar os prefeitos, prefeitas, vice-prefeitos, vereadores que aqui se acham.

E, de igual maneira, fazê-lo em relação ao Antônio Claret de Oliveira, presidente da Infraero.

E, mais uma vez, dizer aos senhores o seguinte: é interessante, eu acho que quando eu me recordo um pouco das reuniões que foram feitas pelas bancadas, pelos senadores, pelos deputados federais, porque aqui é interessante, até registro um fato. De fora a parte, eventuais disputas político-partidárias, o fato é que todos se reuniram em torno da ideia dessa construção do aeroporto. Que me dizia a Rose, com muita frequência, como me dizia o Ferraço, dizia o Lelo, todos os deputados federais e senadores.

E eu acho que o Espírito Santo nos iluminou a todos. Acho que o Espírito Santo que nos iluminou, para que nós inaugurássemos essa obra no Espírito Santo.  Eu acho que isto aconteceu. Eu não tenho dúvida nenhuma. Especialmente porque, meus senhores e minhas senhoras, é interessante... eu quando cheguei ao governo, vou fazer aqui um breve relato, não vou fazer um discurso não, um breve relato a vocês.

Quando cheguei ao governo, eu verifiquei algumas coisas fundamentais. Eu fiquei espantado, ficamos todos, com o número de obras, não é Meirelles, que estavam paralisadas. E resolvemos retomar essas obras. E daí, a retomada da obra aqui do aeroporto de Vitória. Como fizemos com a transposição do Rio São Francisco. Como fizemos com um canal de mais de 43km lá na Bahia, que alcança 16.500 hectares de irrigação, que alcança mais de 30 mil famílias, lá na Bahia.

Então, nós nos reunimos e dissemos: “Vamos acabar essas obras, vamos levar adiante”. Sem embargo das dificuldades que deparamos logo no primeiro momento, que a recessão, naturalmente, era profunda. E, sem embargo da recessão, é interessante, nós conseguimos caminhar por duas vertentes. Uma, que era retomar as obras e levá-las adiante. E outra, recuperar a economia do País. Meirelles fez um esforço extraordinário, ao lado de toda sua equipe, nós todos trabalhamos nisso. Por isso, vocês puderam ouvir o relato, a história da inflação, a história dos juros, a história do emprego sendo retomado.

Convenhamos, nesses quatro últimos meses abriram-se 1,5 milhão novos postos de trabalho no País. Cerca de 450, 500 mil de carteiras assinadas. E agora em janeiro, viu, Colnago, em janeiro e fevereiro, foram 61 mil, mais 78 mil empregos com carteira assinada.

Então veja que o País, ao mesmo tempo que se recupera... e veja, essa recuperação, é interessante meus senhores e minhas senhoras, essa recuperação traz a confiança para o mercado. E a confiança para o mercado se reproduz por um dado que ainda aqui não foi mencionado. Que é o fato, quando nós assumimos o governo, Colnago, nós, a Bolsa de Valores atingiu o pico de 42 mil pontos. Hoje atinge um pico de 87 mil pontos. Um recorde histórico, desde de quando se iniciou a Bolsa de Valores em São Paulo, não é? Então isto realmente é fruto da confiança. Não vamos pensar, aquele negócio de derrubar inflação, derrubar juros, vem por uma determinação autoritária do presidente da República, ou do ministro da Fazenda, ou de quem seja, ou do ministro do Planejamento. Ela veio responsavelmente. Quer dizer, os estudos foram feitos, a condução administrativa foi feita de uma tal maneira, que com muita responsabilidade se reduziram os juros do País, caiu a inflação para menos de 3%.

E, é claro, o Meirelles já disse isso, isto tem repercussão para aqueles mais vulneráveis, para os mais pobres, porque é claro para o sujeito que é mais pobre, que está trabalhando, ele vai dizer: “Mas, para mim, o que que interessa se a inflação é 14, é 10, é 12, e o juros 14?” Interessa, que isso dá estabilidade para o País.

Portanto, o salário passa a ter mais valor, o salário passa a ter mais valor, o alimento não cresce de preço. Então, as  pessoas passam a ter um padrão de vida muito melhor. Esta a razão, pela a qual, derrubar a inflação, derrubar os juros, foi uma coisa importante para o País.

Mas, especialmente, reitero, o reconhecimento, o reconhecimento do que está sendo feito no País. Aliás, de vez em quando eu digo o seguinte, meus amigos deputados e senadores, nós vamos entrar agora no período eleitoral, vai precisar muito malabarismo eleitoral de quem quiser criticar o governo.

Porque, para criticar o governo, tem que dizer, por exemplo, o seguinte, me permitem os exemplos: “Eu sou contra o teto de gastos públicos, porque eu quero gastar a vontade, não quero saber dessa história de teto de gastos públicos”. E o teto de gastos públicos vem de uma trivialidade: eu só posso gastar aquilo que eu ganho. O Estado também é assim, você só pode gastar aquilo que arrecada, não é verdade?

Por isso que, no teto de gastos públicos, nós fizemos um período de pelo menos 10 anos na convicção, daqui a 10 anos nós vamos conseguir empatar aquilo que você arrecada, com aquilo que você gasta, e foi assim. No primeiro ano, o déficit era de 179 bilhões, não é Dyogo? No outro ano 159 milhões, agora vem vindo para 139 milhões. Enfim, está diminuindo o déficit público, ou seja, responsabilidade fiscal.

Quem quiser opor-se ao nosso governo vai ter que dizer: “Olha aqui, eu sou  contra a reforma do ensino médio”, que foi  feito com grande sucesso.

Vocês sabem que, eu fui presidente da Câmara pela a primeira vez em [19]97, [19]98, ao lado do Marcos Vicente, do Lelo, de tantos colegas, acho que do Manato também, né, acho que nós estivemos todos juntos lá. Naquela época, já se falava que o ensino médio era anacrônico, superado, que os alunos não sabiam português, não sabiam multiplicar, não sabiam dividir. Quando nós chegamos ao governo nós realizamos a reforma do ensino médio.

Então vai ter que dizer: “Olha, eu sou contra esse ensino médio, eu prefiro aquele ensino médio anacrônico, superado”, não é? Que era incapaz de criar nas mentalidades uma ideia de crescimento, de progresso, e não foi sem razão, que sob o império aí do nosso Mendonça Filho, ministro da Educação, nós acabamos de abrir 500 mil vagas no ensino em tempo integral.

          Isso tem duas vertentes, tem duas vertentes. Uma primeira, é que melhora a educação, o aluno vai ficar mais tempo aprendendo. Mas tem um vertente social muito importante. Num País ainda pobre como o nosso, as pessoas que vão à escola, se alimentam na escola. Quer dizer, são duas vertentes na história da reforma do ensino médio.

Por outro lado, vai dizer: “Eu sou contra essa modernização trabalhista que foi feita, que gerou muitos empregos”; “eu sou contra essa inflação ridícula de 2.8%, eu prefiro aquela inflação de 10.28[%]”; “eu sou contra a queda de juros para 6,5[%], eu sou a favor de 14.25[%]”.

Então, com isso eu quero significar o seguinte: essa revitalização das políticas todas do Brasil, a recuperação das políticas sociais, isso tudo foi fruto de uma palavra fundamental que nós estabelecemos no nosso governo. A primeira palavra foi a palavra diálogo. E nós começamos, retomamos o diálogo, presidente da Assembleia, muito positivo com o Congresso Nacional, na convicção de que quem governa o País não é apenas o Executivo, é o Executivo juntamente com o Legislativo.

E foi esse diálogo com o Congresso Nacional que nos permitiu chegar até aqui com essas reformas todas que foram feitas e com esse crescimento econômico que estamos evidenciando.

E também o diálogo com a sociedade. Por exemplo, a reforma do ensino médio, a modernização trabalhista, e outros tantos temas, eles foram todos frutos, Marcos Vicente, do diálogo que nós mantivemos com a sociedade ao longo do tempo. Como o diálogo que nós mantivemos com os representantes: senadores, deputados do Espírito Santo, com o governo do Espírito Santo, Colnago, é que nos permitiu chegar até aqui a essa data em um dia maravilhoso. Pudemos aterrisar, ver a paisagem maravilhosa aqui do estado do Espírito Santo, mas dizer estamos agora caminhando na segunda pista que vai trazer mais progresso e desenvolvimento ao Espírito Santo.

Foi isto que nós, que nos permitiu, que nós hoje pudéssemos estar aqui, usar a palavra, pudéssemos dizer a vocês da felicidade, da alegria cívica que nós temos e, convenhamos, sem embargo da Presidência ser um trabalho dificílimo - senador Ferraço- é uma coisa que você fica sujeito a bombardeios a todo momento. Mas eu tenho esta felicidade de ter chegado aqui e não estou falando de um governo de quatro anos ou de oito anos. Estou falando de um governo que não completou dois anos. Tem um ano e 11 meses, não é? E foi neste período que nós pudemos fazer tudo isso que foi feito. Mas, particularmente, e aqui eu quero comemorar com todos, particularmente poder inaugurar no dia de hoje o aeroporto de Vitória.

Por isso, que eu peço a vocês um calorosíssimo aplauso à bancada no poder Legislativo, ao governo estadual. Viva o Espírito Santo e viva o Brasil.

 Ouça a íntegra do discurso (12min30s) do Presidente.

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