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15-03-2018-Discurso do Presidente da República, Michel Temer, durante Cerimônia de Lançamento do Brasil Mais Jovem 2018 - Brasília/DF

Palácio do Planalto/DF, 15 de março de 2018

 

Olha, eu quero inicialmente pedir a todos que façamos um minuto de silêncio para lembrar de Marielle e todos aqueles que foram vítimas de violência no nosso país.

            Muito obrigado a todos.

            Olha, eu quero também inicialmente dizer a vocês que a bola caiu, mas eu segurei a caneta, sabe para quê? Sabe para quê, Assis? Para assinar todos os atos necessários ao desenvolvimento da juventude em nosso país.

             E, portanto, é com extraordinário entusiasmo, naturalmente, que eu participo desta cerimônia de lançamento do Brasil Mais Jovem 2018. Eu até falava há pouco com o Assis se já existem conselhos da juventude em todos os estados brasileiros, e ele me disse: “alguns existem, outros ainda não”.

             Eu quero que vocês instalem o Conselho de Juventude em todos os estados brasileiros, isso é de fundamental importância para a divulgação do movimento dos jovens.

E para dizer obviedades, o futuro do Brasil, na verdade, depende do investimento que fazemos em nossa juventude.

            Nós temos que proteger, estimular, valorizar, e, olhe, é assustador, mas valorizar os mais de 50 milhões de jovens em nosso país, ou seja, o nosso país é jovem, mas os jovens do nosso país poderão construir um País muito mais sólido, muito mais desenvolvido agora e no futuro.

            Portanto, esta é, digamos assim, a pedra fundamental de uma política duradoura, de uma verdadeira política de Estado para os nossos jovens. Mas eu não quero me alongar muito nessa história, eu quero contar que, evidentemente, também fui jovem, e jovem cheio de esperança.

Jovem que morava numa cidade pequena, do interior do estado de São Paulo, uma cidade que não tinha mais do que 20 mil habitantes. E eu morava, na verdade, em uma chácara, um pouco distante do centro da cidade.

 Ao invés de fazer um discurso chato, eu vou contar um pouco da minha história se ela não for chata. Mas eu caminhava seis ou sete quilômetros diariamente para ir à escola, seis para ir, seis para voltar, e naturalmente às sexta-feiras quando havia seriados de Tarzan, Nyoka, O Menino Lobo etc., eu também ia ao cinema.

E muitas vezes saindo do cinema eu caminhava aqueles seis quilômetros, com uma esperança extraordinária, pensando num futuro que eu não sabia qual seria. E até eu me lembro que eu passava por uma casa que tinha uma plantação de jasmim, de dama da noite.

 E aquele perfume extraordinário tomava conta dos meus sentidos, e eu ia, caminhava aquele seis quilômetros com aquele perfume maravilhoso. E isso marcou tanto a minha vida na juventude, que um dia eu escrevi uma coisa mais ou menos assim: “Ainda sinto com dor aquele odor, jaz em mim o perfume do jasmim”.

 E tudo isso era fruto precisamente daqueles momentos da juventude em que eu sonhava com futuro.

 Vou contar outro episódio: um dia indo ao cinema, eu assisti a um filme, jovem ainda, 10 anos de idade, chamado À Noite Sonhamos, que era a vida do Chopin, e eu fiquei maravilhado com a história do piano.

E, chegando em casa, logo no dia seguinte, insisti com os meus pais que me matriculassem em uma escola para aprender a tocar piano. Mas na minha cidade, evidentemente, não havia escola e acho que nem havia piano na cidade. Mas tanto insisti que meu pai me inscreveu em uma escola de datilografia.

E eu me tornei datilógrafo com 10 anos de idade, mas batia na velha Underwood como se estivesse tocando piano. Por que eu conto isso? Porque quando a gente é jovem, a gente pensa, imagina muito, sonha muito, pensa no futuro. E, ao pensar no futuro, sempre pensa com alegria, pensa positivamente, pensa construtivamente.

Eu não sei se aqueles que chegam a uma idade mais avançada também têm o mesmo pensamento. O que eu posso dizer aqui no nosso governo é que, a partir, naturalmente, da nossa figura e de todos os ministros, de todos que trabalham no governo, há uma juventude permanente nas suas mentes.

            Então se não são jovens na idade, são jovens na sua formulação. E é por isso que o Marun, que hoje comanda esse setor, falou com o entusiasmo que vocês puderam perceber. Na ideia mais absoluta, e eu digo isto sem medo de errar, que esta foi uma das solenidades mais alegres, de um lado, mais produtivas, mais frutorosas de todas aquelas que nós já realizamos aqui neste plenário.

             Então, meus amigos, ao criar esse Sistema Nacional da Juventude, nós acabamos por assegurar, como ficou dito aqui, uma abordagem verdadeiramente nacional para os nossos jovens, ou seja, a Secretaria da Juventude, os órgãos da juventude não estão centrados apenas em um prédio que existe aqui em Brasília.

             Mas o Sistema Nacional importa que todo o Brasil se ocupe com a sua juventude. E por isso, Assis, a sua tarefa, a tarefa dos nossos líderes, jovens, de divulgar isso intensamente.

E, como disse, eu guardei a caneta para que vocês não tenham nenhuma dificuldade para essa divulgação e para esse envolvimento de toda a juventude brasileira, especialmente, para ter crença no nosso país, para ter otimismo, para assegurar aquilo que a nossa bandeira estabelece: Ordem e Progresso.

             Assis, parabéns pelo seu discurso, parabéns pela apresentação que vocês fizeram aqui, assim como a nossa amiga de Mato Grosso do Sul pelo belíssimo discurso que fez e pelo entusiasmo que os dançarinos todos tiveram ao nos brindar com uma tarde que encheu o nosso coração de alegria e que vai certamente pautar a nossa conduta, alegre, disposta, otimista, não só hoje, mas para o futuro.

             Muito obrigado a vocês.

 Ouça a íntegra do discurso (08min14s) do Presidente.