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Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Michel Temer, ao programa Show do Clóvis Monteiro, da Rádio Tupi - Brasília/DF

Brasília/DF, 01 de março de 2018

Jornalista: Bom dia, presidente Temer.

 

Presidente: Muito bom dia, Clóvis, você, Ciro e todos os ouvintes da Tupi. Tenho muito gosto em estar com todos vocês.

 

Jornalista: Muito bem. Aí eu pergunto, Cristiano, o som está chegando bem, o nosso presidente está chegando bem aí na Rádio Tupi, no Rio de Janeiro?

 

Jornalista: Está chegando muito bem, a gente dá um bom dia também ao presidente Michel Temer, e a partir de agora, Clóvis Monteiro é com você, com o presidente da República.

 

Jornalista: Muito bem então. É o Cristiano Santos que está lá.

 

Presidente: Bom dia também, Cristiano. Grande abraço para você.

 

Jornalista: Bom dia presidente, um abraço, tudo de bom.

 

Jornalista: Muito bem, então, olha só, o presidente permite que daqui a pouco a gente coloque os ouvintes, os cidadãos do Rio de Janeiro com suas demandas. Ele está aberto aqui a falar com o povo do Rio de Janeiro através da nossa Rádio Tupi, a rádio mais ouvida do País, a rádio oficial do povo da cidade.

Bom, vamos começar falando sobre agendas positivas, presidente Temer. Nós temos, por exemplo, na economia um real sinal de reaquecimento, e o País que viveu uma crise em um tempo agora bem recente precisa de boas notícias. O Rio de Janeiro gostaria de ouvir boas notícias. Além da intervenção federal na Segurança, que boas notícias o senhor teria para o povo e para o estado do Rio de Janeiro, presidente Temer?

 

Presidente: Olhe, Clóvis, reaquecimento é a palavra correta que você usou. Você sabe que nós apanhamos o Brasil há 1 ano e 9 meses, convenhamos não estamos falando de um governo de 4 anos ou de 8 anos, é um governo de 1 ano e 9 meses. Mas nós apanhamos o País com uma recessão extraordinária. Uma dificuldade econômica, para traduzir a recessão, extraordinária. E nós estamos com índices muito favoráveis. Só para dar um exemplo muito claro a você e ao nosso povo do Rio de Janeiro, aliás, eu quero cumprimentar o Rio de Janeiro, porque hoje é o povo do Rio de Janeiro, hoje é aniversário da cidade, cidade maravilhosa, naturalmente, não é?

            Mas dizer a você o seguinte, nós apanhamos quando chegamos aqui... E a Bolsa de Valores sempre é um indício, um indicativo da confiança que as pessoas têm do País, os investidores têm do País. Nós apanhamos com 40, 42 mil pontos, hoje nós estamos em 88, quase 88 mil pontos na Bolsa de Valores. Eu não preciso falar para você e a todos sobre o que aconteceu com a inflação, com os juros, que caíram sensivelmente. Mas agora para os ouvintes que estão agora nos escutando, não é? A dona Maria, o seu João e todos, nós precisamos dizer o seguinte: isso tem um significado, porque tem um significado de não aumentar os preços do supermercado, você tem uma produção também na área agrícola, extraordinária, que favorece a redução dos preços. Faz com que você, o seu salário, enfim, represente mais para o seu bolso, porque às vezes a gente fala, viu, Clóvis, a gente fala: “ah, a inflação caiu, juros caiu”, mas o sujeito lá pergunta: “o que significa isso para mim?” Significa precisamente isso que eu estou dizendo. E, naturalmente, a confiança significa a retomada do emprego. Você veja que neste último trimestre abriram-se 1 milhão e 800 mil novos postos de trabalho. E com a indicação do chamado produto interno bruto, que é aquilo que o País recebe, produz, as riquezas do País. Para este ano a previsão é que haja praticamente 3 milhões de novos empregos.

Então, tudo isto é uma redenção social que nós estamos fazendo. E fora à parte a questão da Segurança, não é? Você sabe que a Segurança também, Clóvis, ela demanda muito uma atividade de natureza social. Nós estamos, também, começamos essa questão da intervenção no Rio de Janeiro, estamos criando agora o Ministério da Segurança Pública, que vai agir em todo o País, mas vai basicamente também dar apoio à intervenção no Rio de Janeiro. Nós estamos também programando programas de natureza social, porque não basta combater o crime, é preciso também acolher socialmente aqueles mais vulneráveis, mais pobres, e é isso que nós estamos fazendo.

 

Jornalista: Muito bem. Ciro Neves, agora é a sua vez de fazer uma pergunta para o nosso presidente Temer, por favor, Ciro Neves.

Bom dia, presidente. A pergunta é sobre a intervenção federal, já temos aí quase duas semanas de intervenção, do decreto da intervenção federal no Rio de Janeiro, a gente observa o morador do Rio ainda naquela expectativa, por conta dessa violência toda. Eu acompanhei durante a semana, a entrevista coletiva que teve com anúncio do gabinete. Agora muita gente está naquela expectativa, o senhor não acha que está demorando um pouco mais para começar esse trabalho efetivos nas ruas? Isso não pode passar uma expectativa de demora para a população? Queria que o senhor falasse sobre essa questão, já que estamos quase duas semanas de intervenção.

 

Presidente: Deixa eu dizer a você o seguinte: estas coisas não se resolvem de um dia para o outro. Desde o primeiro momento, aliás eu estive do Rio de Janeiro logo no sábado depois do decreto de intervenção na área de Segurança e no sistema penitenciário e disse muito claramente: “olha aqui, isto aqui não se resolve em 2 dias, 3 dias, 2 semanas, 1 mês, é preciso um trabalho conjugado dos interventores”. O interventor naturalmente e das forças locais, até vocês sabem que eu pedi a presença e gentilmente lá estiveram o presidente do Tribunal de Justiça, o procurador-geral da justiça, o defensor público-geral, o presidente da Assembleia Legislativa, ao lado do governador e todos, não é? Do presidente da Câmara dos Deputados, e nós dissemos: “olhe, aqui é preciso uma ação conjugada inclusive da sociedade civil”. E lá estavam membros da sociedade civil também. Então este é um trabalho conjugado para combater a criminalidade no Rio de Janeiro e naturalmente dar paz aos seus habitantes. Então, este é um trabalho que vai pouco a pouco aparecendo.

A primeira semana, você sabe que foi praticamente uma semana de planejamento do interventor e daqueles que estão com ele trabalhando. E por que é que, vamos deixar bem claro, por que que houve a intervenção nessa área, Clóvis. Você sabe que nós todos nos preocupamos muito com o Rio de Janeiro, porque o Rio é uma vitrine para o Brasil. Não só para o público externo, mas para o nosso povo, não é verdade? O Rio é isto.

 

Jornalista: O Rio é o tambor do Brasil.

 

Presidente: O Tambor do Brasil.

 

Jornalista: O que acontece no Rio repercute.

 

Presidente: Pronto. Ressoa e fortemente em todo o País. Então, nós dissemos: “nós precisamos providenciar uma intervenção, mas uma intervenção limitada”. E limitada, como disse, à área da Segurança e do sistema penitenciário. E também não queríamos fazer uma coisa que agredisse o governo e o governador, tanto que foram emissários meus conversar com o governador. Governador Pezão, veio a mim na quinta-feira à noite e disse: “ô, presidente, até peço que decretem intervenção nessa área”. Porque as nossas Forças Armadas e as nossas forças federais já estavam lá, mas sem poderes de administração. O que significou a intervenção foi simplesmente o poder de administração, quer dizer, a administração da Segurança Pública agora compete ao interventor. E estes resultados já começam a aparecer levemente, até, eu acho, uma certa sensação de segurança já está começando a aparecer. Você veja o trabalho que a Polícia Rodoviária Federal está fazendo nas vias de entrada do Rio de Janeiro, com grandes apreensões.

Então isto vai aparecendo aos poucos e, em pouquíssimo tempo, penso eu, não vai demorar muito, nós teremos bons resultados para o Rio e para o País. Porque um dia disse, viu, Clóvis, viu, Ciro, lá na reunião eu disse: “olhe, o Rio de Janeiro, o que acontece no Rio de Janeiro, se desandar o Rio de Janeiro, pode desandar o País, os outros estados”. Por isso que a coisa que nós fazemos no Rio também é exemplar para os demais estados.

 

Jornalista: Uma espécie de laboratório, porque, se dá certo no Rio de Janeiro, é bom para o governo, é bom para o povo e outros estados também.

 

Presidente: Sem dúvida nenhuma. Aliás, hoje, eu tenho logo mais, às 11 horas, nós temos uma reunião dos governadores de todo o País para nós tratarmos da Segurança. Até me permitam dizer o seguinte: por que é que eu estou chamando essa reunião dos governadores? Porque é preciso mobilizar o País em favor da segurança da população. Então, o que eu vou dizer aos governadores: “olhe, vocês precisam lá nos seus estados – eu fui Segurança Pública duas vezes em São Paulo – vocês precisam nos seus estados mobilizarem toda a sociedade, todos os setores em favor da segurança da população”. Isto cria um clima, a própria circunstância, não só da intervenção, mas especialmente da criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, cria este clima de que todos vão trabalhar em torno dessa matéria. Essa é a ideia.

 

Jornalista: Presidente, lá no nosso programa do Show do Clóvis Monteiro, que tem uma liderança fantástica, eu agradeço ao povo, você sabe que o comunicador de rádio, ele vive da popularidade. É como vocês, vocês para chegar pelo voto, tem que conquistar, tem que encantar o eleitor, tem que conseguir a confiança. Nós no rádio, é a mesma coisa. Se vocês têm um mandato, nós temos audiência, não é? E eu coloco sempre a possibilidade do cidadão, da cidadã, que em última análise é o seu eleitor, é o contribuinte, é meu ouvinte, de interagir, de ter poder. Como é que uma pessoa comum, um cidadão, poderia falar para o senhor se não fosse através de um veículo poderoso como a Tupi, tão popular, tão comprometido com a população.

Eu lhe peço licença para colocar, atenção pessoal do Rio de Janeiro, vamos colocar aí os depoimentos, as pessoas falando frente a frente com nosso presidente, as pessoas falando diretamente, só a Tupi mesmo, não é? Fala sério, para colocar você falando diretamente com o presidente da República. Essa instituição que é a Presidência da República. Então, nós vamos começar, atenção, técnica, com o depoimento 8.

O depoimento é do Roberto Santos, que é empresário. Coloca aí o áudio, o Roberto Santos fazendo uma pergunta para o presidente Temer. Bom dia. Bom dia, Clóvis Monteiro. Bom dia, família Tupi. Bom dia, presidente Temer. Eu sou o Roberto Santos, moro na cidade do Rio de Janeiro, o Rio de Janeiro, a cidade e o estado foram as regiões que mais perderam emprego com as Olimpíadas. O que é que o Governo Federal pode fazer para ajudar a cidade do Rio de Janeiro e estado do Rio a gerarem novos empregos para que essas famílias possam tocar suas vidas sem dificuldade?

Presidente Temer falando direto com o povo do Rio. Por favor, presidente.

 

Presidente: Olha, Roberto, muito bom dia a você em primeiro lugar. Em segundo lugar, eu acho que é reativar a economia. Aliás, é interessante, o Rio de Janeiro, e todos os estados brasileiros, foi o que mais perdeu empregos. E talvez tenha perdido empregos também em face desta situação de insegurança que agora nós estamos procurando arrumar, rearranjar, consertar. Mas a grande, a grande tese, viu, Roberto, é exatamente você reativar a economia. A reativação da economia é que vai gerar empregos. Quando nós, você acabou de me ouvir dizendo que deste trimestre houve abertura de 1 milhão e 800 mil novos postos de trabalho e a previsão é que haja 3 milhões de postos de trabalho neste ano. Então certa e seguramente, o Rio de Janeiro estará entre aqueles que poderão abrir grandes postos ou largos postos de trabalho ao longo deste ano. Sem reativar a economia, sem estabelecer a confiança no País, e a confiança está readquirida, você não tem, você não tem possibilidade de rearranjar o emprego brasileiro.

 

Jornalista: Uma outra pergunta de ouvinte. O Leandro de São João de Meriti, São João de Meriti é um importante município da Baixada Fluminense, tem uma densidade demográfica muito grande, é muito importante. Qual é a pergunta do nosso ouvinte Leandro para o presidente Michel Temer?

 Bom dia, Clóvis Monteiro, meu nome é Leandro São Mateus, de São João de Meriti, como resolver o problema de repasse de verba da saúde aqui no Rio de Janeiro? Porque o nosso prefeito diz que repassou; os hospitais, as IOS dizem que não receberam; e fica aquele jogo de empurra-empurra. O que ele pode fazer pelo Rio de Janeiro em relação à saúde, sobre isso?

 

Presidente: Olhe, nós já temos lá, você sabe, que os hospitais do Rio de Janeiro, até diferentemente dos outros estados, são praticamente todos federais. E o Ricardo Barros, que é o nosso ministro da Saúde, tem tido contatos mais variados repassando verbas. Agora, efetivamente, se foi repassado para lá e não se repassou para o hospital, eu neste momento não tenho a resposta, mas já estou aqui, viu, Leandro, e vou mandar verificar o que é que houve em relação ao hospital. Penso que seja um hospital lá em São João de Meriti. Eu vou mandar o Ricardo Barros examinar o que é que houve. Porque nós estamos alimentando bastante os hospitais do Rio de Janeiro, com recursos, com recursos federais, porque, repito, são hospitais todos eles federais.

 

Jornalista: Muito obrigado. Em nome do nosso ouvinte, contribuinte e eleitor, muito obrigado. Vamos colocar mais uma ouvinte popular, depois mais um ouvinte e aí o nosso Ciro vai fazer uma outra questão aqui. Atenção, agora é uma ouvinte de Cosmos, uma cidadã, pode falar, por favor.

Oi, Clóvis Monteiro, bom dia, meu querido. Muitas felicidades para esse povo todo da Rádio Tupi. Eu sou Heloísa, de Cosmos, se eu tivesse oportunidade de estar frente a frente com presidente Temer, eu ia perguntar por que que demorou tanto para mandar segurança para o Rio de Janeiro? Por que tanto planejamento ainda? Por que ainda não está planejado a segurança do nosso estado?

E aí, presidente? A Heloisa...

 

Presidente: Viu, Heloísa, você sabe que é interessante, nós temos nossos olhos voltados para o Rio de Janeiro há muito tempo. Só recordar a você que assim que eu cheguei aqui no governo, você sabe que eu tenho 1 ano e 9 meses de governo, foi praticamente logo depois vieram as Olimpíadas. E aí veio a primeira dificuldade, não é, Clóvis e Ciro? A primeira dificuldade era como completar as verbas necessárias para a realização das Olimpíadas no Rio de Janeiro, porque era um fenômeno não apenas local, mas um fenômeno internacional. E nós colocamos imediatamente, olhe, o que vou dizer é importante, 3 bilhões de reais naquele momento. E, naquela oportunidade, nós mandamos cerca de 38.000 homens das forças federais, das Forças Armadas, para o Rio de Janeiro. E vocês sabem, nós todos somos testemunhas, o mundo é testemunha do sucesso extraordinário das Olimpíadas no Rio de Janeiro, primeiro ponto. Segundo ponto, é que logo depois, o governador pediu, a chamada, é uma coisa chamada GLO, garantia da lei e da ordem, que é a possibilidade de colocar as Forças Armadas no Rio de Janeiro. Isso foi colocado logo no ano passado. Mas sabe o que é, Heloísa? Não acabou dando resultado. Eu acabei de dizer, porque não basta colocar o homem com fuzil na mão, enfim, visibilidade das Forças Armadas. É preciso que tenha um comando da Segurança Pública, e eu reitero, este comando veio por meio da interventoria, que acabo de dizer e reitero, foi uma intervenção, eu chamo de compartilhada. Porque foi até a pedido do nosso governador Luiz Fernando Pezão.


Jornalista:
 Nós estamos falando direto de Brasília com o presidente Michel Temer, exclusivamente para audiência da Rádio Tupi, a rádio que todos os cariocas ouvem. Daqui a pouco, 10 horas, o programa da Isabele Benito, às 11 horas, o Francisco Barbosa, os comunicadores mais ouvidos no Rio de Janeiro. Ciro Neves, qual é a pergunta para o presidente?

Presidente, falar um pouco sobre este empréstimo que salvou o estado do Rio de Janeiro, serviu para quitar os salários dos servidores, dá um gás para a economia fluminense. Essa medida o senhor aponta como um grande feito da sua gestão?

 

Presidente: Sem dúvida alguma. Você sabe, Ciro, que os estados brasileiros, particularmente o Rio de Janeiro, estava numa dificuldade econômica e financeira extraordinárias. E nós até providenciamos um projeto de lei, já aprovado, nós criamos a chamada recuperação fiscal. Vocês sabem que na área privada, quando a empresa vai mal, você tem a chamada recuperação judicial. Nós criamos a figura da recuperação fiscal, que é para amparar os estados brasileiros. E o Rio de Janeiro completou as exigências estabelecidas para esta recuperação e imediatamente começou aporte de recursos, entrega recursos lá. O Rio de Janeiro foi obter com aval da União um empréstimo muito grande, de cerca de 3 bilhões, de um banco estrangeiro e já está começando a chegar lá. Eu acho, olhe é um dos feitos, confesso, da minha gestão.

Mas não é só esse, viu, Ciro? Você sabe que quando eu cheguei aqui, viu Clóvis, nós tínhamos uma dificuldade muito grande com... Os estados tinham uma dificuldade muito grande para pagar a dívida que os estados têm com a União. E os governadores vieram a mim, conversaram sobre isso, nós fizemos uma grande reunião, e repactuamos a dívida dos estados brasileiros. Porque, na verdade, só para você ter uma ideia, ter uma ideia singela. O caso de São Paulo, por exemplo, nos primeiros seis meses, não precisou pagar nada. Isso significou uma economia de 3 bilhões de reais. De uma maneira para o Rio de Janeiro, valores menores, os estados todos brasileiros com a repactuação da dívida. E depois dos 6 meses, os estados começaram a pagar primeiro 5.25, depois 10.50. Enfim, eu quero dizer que esta também é uma virtude do nosso governo. Nós prestigiamos muito os estados de um lado e os municípios de outro lado.

 

Jornalista: Muito bem. Presidente Temer ao vivo da Rádio Tupi, a rádio mais ouvida do País, no dia do aniversário da cidade maravilhosa. O que é que a Tupi fez? Em vez de ir para as ruas simplesmente comemorar, botar trio elétrico, música, que o povo merece, a gente resolveu trazer demandas do povo do Rio de Janeiro para a Presidência da República. Quando a gente anunciou a intervenção federal na Segurança, tem gente aí “intervenção militar”, não, é intervenção federal da Segurança, em socorro ao Rio de Janeiro. Muita gente falou o seguinte presidente: “mas, olha, a segurança realmente está precisando de intervenção”. Mas no Rio de Janeiro, lamentavelmente, precisamos de intervenção na saúde, na educação, transporte público, na relação com as autoridades. A sensação do cidadão do Rio de Janeiro, a sensação da cidadã do Rio de Janeiro, é que o estado quebrou. O pessoal que estava lá no Comperj, botando esperança que Comperj ia dar muitos empregos. Teve gente que vendeu o que tinha para colocar um comércio lá na região da Petrobras, dentro do Comperj e assim por diante. O que dizer para a nossa população desse reerguimento, reaquecimento da economia? Se o senhor admite que o Rio é tão importante assim? O que nós podemos como alento falar para a população do Rio de Janeiro, para os empresários para que oferece emprego, o que que é possível fazer nesse tempo que lhe resta na presidência?

 

Presidente: Olhe, Clóvis, repetir o que eu já disse, não é? Quando nós fizemos a chamada recuperação fiscal, é porque de fato o estado estava em uma situação extremamente delicada, sob o ângulo financeiro, econômico etc. Daí, a recuperação fiscal e daí também o prestigiamento para que o estado pudesse receber recursos até externos. Então, isto é que tá começando levantar o Rio de Janeiro. Você veja, os servidores públicos ficaram um bom tempo sem receber seus salários, aposentados, e com isso começou a novamente o pagamento destes valores. Então, no caminho da chamada recuperação fiscal, foi o caminho adequado que o governador Pezão solicitou, admitiu e que a União Federal também aceitou e levou adiante, acho que a fórmula é essa. Não há outra fórmula para recuperar o Rio de Janeiro. De fora à parte, o que eu disse há pouco, referentemente à retomada do emprego no País.

 

Jornalista: Ciro Neves. Duas perguntas aqui presidente. A primeira, muita gente acredita que o senhor está usando essa intervenção como aproveitamento eleitoral. O que é que o senhor fala sobre isso?

 

Presidente: Eu prefiro perguntar para a Dona Maria, lá do Rio de Janeiro, o que é que ela acha da intervenção federal, da integração civil, como Clóvis acabou de dizer, que é um instrumento constitucional. O que é que ela acha que deve ser em matéria de segurança? Se a União Federal tinha que tomar essa providência ou não? Acho que quem vai responder isso é o povo do Rio de Janeiro, não sou eu. Eu já disse que não sou candidato.

Portanto, eu, aliás, ao longo do tempo, deste 1 ano e 9 meses, eu tive coragem, convenhamos, Clóvis, de praticar atos que outros governos não tiveram, o chamado teto dos gastos públicos. Quer dizer o seguinte: “olha aqui, o poder público não pode gastar mais do que aquilo que arrecada”. A revisão trabalhista, a reforma trabalhista, convenhamos, que está gerando empregos, é uma coisa deseja há muito tempo.

E até, convenhamos, aí o seu filho, o nosso ouvinte que está ouvindo, sabe que o ensino médio no Brasil era um ensino superado, anacrônico, antigo. Nós fizemos a reforma do ensino médio. Depois de mais de 20 anos que se desejava fazê-la. Então, nós tomamos medidas que foram, digo eu, e dizem todos, não é? Medidas corajosas. Então eu deixo esta resposta para os nossos ouvintes, que tenho certeza que eles dirão: “não interessa o que o presidente pensa. Interessa é qual o resultado que nós vamos ter aqui”, não é? Então não há viso eleitoral nenhum.

Eu estou dando esses exemplos para dizer que, além da intervenção, além da criação do Ministério da Segurança Pública, eu tomei outras tantas medidas que, em tese, seriam impopulares. Mas que aos poucos vai havendo o reconhecimento e elas se tornam populares.

 

Jornalista: A minha segunda pergunta, o senhor então já respondeu aí. Não há nenhuma possibilidade do senhor se candidatar à presidência?

 

Presidente: Não tenho essa intenção. Para mim, se eu passar para a história como alguém que deu uma ajeitada no País, deu jeito no País, eu já me sinto muito, muito feliz.

 

Jornalista: Se a popularidade começar, como a economia, reaquecer. Digamos que ele chegue, está chegando perto da eleição e os números começam a aparecer, começa a funcionar no Rio de Janeiro intervenção federal, a população começa a reconhecer e repercutir na imprensa. Será que esse reaquecimento, essa retomada e os números melhorando a popularidade, isso não pode mudar? Porque na política, o que se fala hoje, não se escreve amanhã, hein, presidente?

 

Presidente: Viu, Clóvis, só se você vier me pedir aqui. Daí eu vou pensar.

 

Jornalista: Olha aqui, gente, atenção ao Rio de Janeiro, ouvinte frente a frente, o cidadão do Rio, frente a frente com o presidente. Através da Rádio Tupi. O Fernando Santana, da Tijuca, ele quer colocar uma questão aqui. Então, atenção, vamos lá.

Oi, senhor Clóvis, bom dia, aqui é Fernando Santana, da Tijuca, Rio, para perguntar ao presidente o que ele acha o menor matando, assaltando, roubando e não vai preso. Se ele acha isso normal? Se ele não acha que está na hora de mudar essa lei aí acobertando os menores, não é? Muito obrigado, bom dia.

 

Presidente: Você sabe, Fernando, que há realmente muitos projetos correndo aqui pela Câmara dos Deputados, e um deles, até é interessante, é um projeto que estabelece que se um menor praticar um desses crimes, às vezes crimes hediondos, também ele pratica, não é, ele fica, enfim, na casa de recuperação até um certo prazo, mas se o crime for com características de violência, como disse há pouco, do tipo hediondo, ele continua cumprir a pena depois em outro estabelecimento.

Até a minha proposta, é que esse estabelecimento não sejam as atuais penitenciárias, que, eu lamento dizer, são também escolas do crime. Mas são estabelecimentos especiais, onde ele vai continuar a cumprir o crime. É uma solução intermediária,  mas que responde, penso eu, à preocupação do Fernando.

Jornalista: O senhor falou que teve que usar da posição de presidente, assumindo da circunstância que assumiu e fazer duras medidas que tinha que ser feitas, por outros governos não foram feitos. Mas isso tem um preço: é a impopularidade, a crítica. Tem colunista que passa o dia todo dando porrada no presidente, é impressionante. Aí eu pergunto: e a família? Como é que é isso? Chegar em casa, ver a família, como é que reflete na sua vida pessoal, do cidadão que ocupa a Presidência da República, a impopularidade e as críticas todos os dias, presidente?

 

Presidente: Você sabe que às vezes eu olho um outro colunista e vejo “será que ele tem um problema psicológico”? Porque às vezes pode ser uma coisa, não é, você sabe, nós estamos falando de pessoas humanas, não é verdade? Assim como eu tenho os meus defeitos.

Quando eu vejo certas coisas, especialmente, viu, Clóvis, até agradeço a pergunta, sobre o ângulo da moral, sobre o âmbito político eu não me incomodo, eu tenho mais de 30 anos de estrada, então eu sei como é as tendências políticas, os interesses políticos, o que me incomoda é o aspecto moral.

E eu até digo a você e aos nossos queridos ouvintes do Rio de Janeiro que eu não vou tolerar que se continue a dizer que o presidente é ligado à corrupção etc., por causa de umas denúncias pífias que foram produzidas ao longo do tempo, por interesses subalternos, por interesses políticos.

Então, eu estou aproveitando aqui, estou pedindo licença, para enfatizar isso, viu, Clóvis, viu, Ciro e ouvintes, porque realmente eu fico… Eu digo “esse sujeito tem um problema psicológico, deve ter, não é possível, não é”? Porque ele não analisa. Eu vejo que há uma certa irresponsabilidade, não são todos. Porque vocês são colunistas, é um ou outro colunista, que deve ter um problema pessoal, naturalmente, e que  aproveita, aproveita aquela possibilidade que ele tem de escrever semanalmente ou diariamente e dizer: “vou desancar o presidente”. Porque se eu também não fosse presidente, ninguém estava preocupado em me desencar. É verdade ou não é?

Então, eu digo o seguinte: há colunistas que vão à fonte, que pesquisam, que verificam. Por exemplo, há colunistas que verificaram o que aconteceu nesses últimos tempos em que alguns, algumas pessoas da área privada e outros da área pública foram desmascarados ao longo do tempo. Bastou que eu dissesse que lá no passado, que eu não iria renunciar, que ao contrário, eu ia desmascarar a pessoa, não levou 6, 7 meses, Ciro, as pessoas foram desmascaradas, alguns estão presos. Os que não estão presos estão desmoralizados. Então, valeu a pena resistir, e como eu resisti, porque se eu entregasse os pontos naquele momento, eu me autodeclararia culpado. E hoje as pessoas começam a perceber que não é bem assim.

 

Jornalista: Ciro Neves. Presidente, o produto interno bruto teve uma alta de 1% em 2017, na primeira expansão em 2 anos. A soma das riquezas aqui no País no ano passado ficou em mais de 6 trilhões. Em 2015 e 2016, foram registradas quedas de 3,5%, é na verdade a maior alta desde 2013, não é? O que é que isso representa para o nosso país?

 

Presidente: Esperança. Você sabe que, aliás, quando falei da Bolsa de Valores, quanto vale o risco país. Por exemplo, risco país é o que mede as possibilidades de investimento do país etc. O risco país estava aqui em 300 e poucos pontos, hoje está em 144, 154 pontos. Quer dizer, tudo tem sido crescimento do País, veja o que aconteceu com a indústria em pouco tempo de governo. De 6 meses para cá,  a indústria ter se recuperado, o varejo tem vendido enormemente. E, ao mesmo tempo, nós não descuidamos, viu, Ciro, dos programas sociais. Veja que eu mantenho o Bolsa Família, não só mantenho o Bolsa Família, como dei aumento, demos aumento ao Bolsa Família. Mas também temos a convicção de que o Bolsa Família não pode ser uma coisa eterna.

Por isso, Clóvis, nós criamos um programa chamado progredir, que é o seguinte: com a atuação de supermercados, de setores financeiros, de empresários, há uma tentativa de fazer com que os filhos daqueles que recebem o Bolsa Família, tenha um emprego, para que ele possa progredir, que é exatamente o nome da campanha que nós lançamos.

Então, fará parte o crescimento, porque o crescimento gera, até hoje eu escrevi um artigo publicado, dizendo também o tópico de segurança, que é Ordem é Progresso. Porque o progresso nós atingimos, estamos atingindo por tudo que nós estamos conversando aqui. Mas é preciso ordem no País. E a ordem começa exatamente no fenômeno da Segurança Pública. É isso que nós estamos fazendo.

 

Jornalista: Presidente, no quesito, na questão segurança, tem uma notícia de muita repercussão essa semana no Rio de Janeiro sobre essa seguinte situação: a partir do dia 6 de março, os Correios vão cobrar 3 reais na taxa para o morador do Rio de Janeiro, por causa da violência. O senhor não acredita que isso não mostra uma desconfiança quanto ao processo de intervenção federal?

 

Presidente: Olha, eu espero, viu, Ciro, que progredindo o processo de integração, eu li essa matéria, os 3% não sejam necessários. Porque o que me impressionou muito ao decretar a intervenção foi também o fato de uma publicação dizendo que cerca de, não sei se 43 ou 47% do território do Rio de Janeiro, da cidade do Rio de Janeiro, não conseguiu, os agentes do Correio não conseguiram chegar lá por causa da violência.

Então talvez por isso, a autarquia, os Correios tenham pensado nesses três reais. Mas eu suponho e espero, e farei esforço, faremos todos esforço, lá está o general Braga trabalhando com os seus assessores, eu espero que isto não seja necessário. Veja que grande notícia, se daqui a uns meses, nós dissermos: “olha, os Correios não precisam mais cobrar os três reais”.

 

Jornalista: Tomara. Bom, os meus colegas comunicadores da Rádio Tupi estão atentos, todos estão ouvindo e estão mandando perguntas, o senhor vê que eu estou fazendo pergunta e olhando para o telefone. Porque hoje a tecnologia nos coloca em todos os lugares ao mesmo tempo.

Nós temos lá o Alexandre Ferreira, Garcia Duarte, temos o Antônio Carlos, temos Francisco Barbosa, Isabele Benito que chega agora às 10 horas. E o Mário Belisário, o Mário Belisário, que faz de manhã a programação, pergunta o seguinte: “Presidente, o senhor desistiu da reforma da Previdência?”

 

Presidente: Não. Você sabe que não, Belisário, é interessante é que na administração pública é assim: você, às vezes, enfrenta dois valores distintos, um valor é o valor Previdência fundamental para o País; o outro valor era o valor de segurança. E a insegurança, particularmente no Rio de Janeiro, chegou a um tal ponto que, pesando os dois valores, eu conclui o seguinte: vamos resolver a questão da segurança no presente momento, porque a Previdência pode ser votada depois.

Se vai ser votada no meu governo ou não, eu não sei, mas eu digo: ela saiu da pauta legislativa, mas não saiu da pauta política do País. Porque, eu digo a vocês, viu, Belisário, não haverá candidato a presidente, não haverá candidato a governador, senador, deputado federal que não vai ser questionado sobre qual vai ser a conduta dele quando eleito para o ano que vem.

Então ele vai ter, eu digo, portanto, a pauta Previdência não saiu da política. E tem mais uma coisa que o registro: pode ocorrer, não quero garantir, é uma conjectura, mas pode ocorrer que quando chegar em setembro, outubro, eu possa fazer cessar intervenção se ela tomar um caminho… Eu não quero manter a intervenção eternamente no Rio de Janeiro, nem é saudável.

Se ocorrer isso, você terá logo depois da eleição, três meses: você terá outubro, novembro, dezembro para ainda tentar votar a Previdência que hoje, mais do que nunca, eu acho que o povo já compreende a sua indispensabilidade, a sua necessidade. Portanto não saiu da pauta não.

 

Jornalista: Muito bem. Olha, outra coisa, sobre intervenção as pessoas comentam assim: “a intervenção é o remédio para a hora da febre, fugiu do controle”, mas tem que ser, como o senhor disse bem, circunstancial. O ideal, presidente, era que a gente conseguisse investir nas forças policiais de cada estado, recuperar a confiança da população, equipasse essa polícia, pagasse suficientemente bem, respeitando bombeiros, Polícia Civil, perícia, Policial Militar, que está todo dia trocando tiro com bandidos e morrendo, caindo lá como mosca no Rio de Janeiro, para que a intervenção fosse um remédio forte, mas que, depois, se não a gente banaliza as Forças Armadas, o senhor não acha?

 

Presidente: Claro, a intervenção é um remédio constitucional, mas num certo sentido, embora, juridicamente correto, excepcional. Você não pode intervir permanentemente, eu acabei de dizer isso. Você intervém num dado momento para ajeitar as coisas ou do estado ou de um setor do estado, como está acontecendo no Rio de Janeiro.

Mas evidentemente e por isso eu acabei de dizer: é provável que daqui a breve tempo, eu possa fazer cessar a interação, porque também não dá, você disse bem, para usar as Forças Armadas o tempo todo.

 

Jornalista: E está todo mundo querendo, todo mundo pedindo.

 

Presidente: Todo mundo pedindo. Você sabe, Clóvis, que a chamada Garantia da Lei e da Ordem, que é dada pelas Forças Armadas, me foi solicitada no mínimo por sete, oito governadores, e eu tive que mandar para vários estados brasileiros, além do Rio de Janeiro. E as Forças Armadas colaboraram enormemente nessa tarefa.

Tanto que, é interessante, elas chegaram no Espírito Santo, chegaram debaixo de aplausos, em outros estados igualmente debaixo de aplausos. E foram lá, ajudaram a pôr ordem na casa. Ajudaram a pôr ordem na casa e saíram, porque essa não é atividade principal e primordial das Forças Armadas.

 

Jornalista: E é um caso interessante nessa questão da intervenção porque tem a união de todas as forças de segurança, não é, porque em alguns estados, no Rio de Janeiro a gente tem, infelizmente convive com isso, às vezes tem uma disputa interna entre a Polícia Militar e Polícia Civil, e com essa intervenção, junta o exército, marinha todas as forças, todo mundo junto, não é, uma polícia única, não é, presidente?

 

Presidente: E juntamente com a Polícia Militar e com a Polícia Civil e as guardas municipais. Ainda há poucos dias, esteve aqui comigo o prefeito Crivella, e eu disse: “como é que tá a Guarda Municipal? Está integrada com essa história?” Porque isso é um trabalho de todos. Então, o que eles, interventores, estão fazendo lá é colocar todas as forças a trabalhar, porque a força estadual mesmo, as forças estaduais  e municipais são a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Guarda Municipal, essas é que têm, digamos assim, assumir o bastão lá de uma vez.

 

Jornalista: Nós estamos encaminhando para o final, estou aqui com a assessoria muito atenciosa, mas avisem a hora que vocês quiserem.

            Hoje o senhor vai receber os governadores também aqui, não é?

 

Presidente: Daqui a pouco, por isso que até…

 

Jornalista: Nós temos uns dois minutos, vamos encerrar já já.

Tem ainda a pergunta do Anderson, a pergunta 10 do ouvinte, para a gente encerrar e agradecer ao presidente Temer. É a Rádio Tupi ao vivo em Brasília, neste aniversário do Rio de Janeiro trazendo as demandas.

            Põe a vinheta de novo para o presidente ouvir.

            A rádio mais popular e ouvida do Brasil. Aliás, as demandas dos seus ministérios, os comunicadores populares que chegam na casa de pessoas têm que falar, espero que a gente possa falar da saúde, promover o crescimento da economia, falar da reforma necessária, está bom, presidente?.

   Atenção, Anderson, a pergunta 10, para fechar aqui. Por favor, coloca o Anderson falando aqui.

Bom dia, Cleber Moteiro, quem está falando é o Anderson Viana, de Itangua, eu gostaria de pedir para o presidente Temer para que ele reabra as obras do Comperj. Desde o ano passado já existe uma licitação, já foram liberada para recomeçar, mas desde o ano passado o presidente vem empurrando com a barriga para que a obra comece no segundo semestre deste ano, em ano de eleição. Então, gostaria de falar, presidente Temer, reabre o Comperj. Para de fazer jogo político.

Olha, o Anderson aí, presidente.

 

 Presidente: O Anderson está bravo. Olha aqui, viu, Anderson, eu vou examinar com muito carinho essa sua colocação, ela já está sendo examinada há um bom tempo, naturalmente, chamarei, chamaremos os setores competentes do Estado, vamos tratar desse assunto com muito gosto, viu?

Jornalista: Tem uma pergunta aqui que chegou do Cristiano Santos, nosso comunicador. Ontem foi inaugurada a emergência do hospital federal de Bonsucesso, um dos mais importantes da cidade do Rio de Janeiro, mas lá demanda de pessoal para atender. De acordo com a direção do hospital, é necessário a contratação de pelo menos 1.000 funcionários, já há um plano para a contratação dos profissionais do hospital.

 

Presidente: Confesso a você que não tenho resposta imediata, porque vou chamar o ministro da Saúde, vou verificar o que há em relação a isso e, evidentemente, se houver carência de pessoal, a Saúde vai recuperar essa carência.

 

Jornalista: Muito bem, já estamos encerrando aqui e agradecendo ao presidente Michel Temer, que recebeu a Rádio Tupi do Rio de Janeiro, no dia do aniversário da cidade maravilhosa.

Presidente Temer, nós agradecemos a recepção de toda a sua assessoria. Obrigado, Fábio, pena que ele torce para o Internacional. O Grêmio é campeão da América, e o cara é colorado.

Presidente Temer, a sua mensagem no dia do aniversário da nossa cidade maravilhosa através da Rádio Tupi, presidente, por favor, obrigado.

 

Presidente: Que o Rio de Janeiro continue a honrar as cores do Brasil como fez nas Olimpíadas, como faz na visão de todos os outros povos, vamos incentivar ou reincentivar o turismo no Rio de Janeiro, que, como disse, ela é uma porta de entrada para o Brasil e de repercussão de tudo que acontece no País.

Meus parabéns ao povo do Rio de Janeiro e ao estado do Rio de Janeiro.

 

Jornalista: Muito bem, presidente Temer, é isso aí, a cidade é aniversário hoje, e o estado lhe agradece a atenção. Boa sorte para o senhor, que a gente continue buscando soluções positivas e éticas para o nosso país, presidente.

Muito obrigado em nome da Rádio Tupi e da nossa direção.

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