Entrevista coletiva a TVs e rádios concedida pelo Presidente da República, Michel Temer, após café da manhã com jornalistas do Comitê de Imprensa do Palácio do Planalto - Palácio da Alvorada/DF
Jornalista: Inaudível.
Presidente: São precisamente estas que nós estamos anunciando nesta semana, quer dizer, a ideia quando você resolve, por exemplo, a questão do Fundo de Garantia você está injetando cerca de R$ 30 bilhões na economia.
Nós, no passado, como você lembrou, nós dissemos que não seria num passe de mágica, ou seja, a mudança do governo resultaria precisamente no chamado céu azul, isso iria demorar. Nós precisamos primeiro sair da recessão; saindo da recessão, obter o crescimento; e com o crescimento, a volta do emprego. Este é um processo, não se resolve de um dia para o outro.
Então, quando se fala agora será em 2017, está obediente a este processo que foi anunciado desde o primeiro momento, se será no primeiro semestre ou no segundo semestre, a economia é que vai dizer. Não há plano B; há este plano que nós estamos seguindo criteriosamente, rigorosamente, responsavelmente para naturalmente tirar o país da crise.
Jornalista: Inaudível
Presidente: Não. Basta comprovar que tem, aliás, nem é preciso comprovar, porque está lá no depósito. Basta apresentar-se com o seu nome e a titularidade daquela conta para sacar todas as importâncias relativas às chamadas contas inativadas, não haverá burocracia nenhuma em relação a isso. É claro, é natural que haja necessidade de alguma demonstração documental, mas fora isso, nenhuma burocracia, basta ter a conta inativada para sacá-la.
Jornalista: Inaudível
Presidente: Ah, depois de longo trabalho que o ministro Ronaldo Nogueira. Ao longo de praticamente seis meses ele fez contato com as centrais sindicais e com as federações. De modo que quando anunciei… olhe, talvez pela primeira vez nós estejamos conseguindo reunir centrais sindicais, representantes de federações e confederações industriais, etc - não é? - para formatar, formalizar, uma reformulação ou uma modernização da legislação do trabalho, que foi fruto do diálogo, que é uma das marcas do governo.
Jornalista: Inaudível
Presidente: Eu não abro mão da popularidade. Dizem que há impopularidade. Isso me incomoda? Não, digamos assim, é desagradável, mas não me incomoda para governar. Para governar, alguém até disse há poucos dias: “Olha, a popularidade é uma jaula, aproveitem impopularidade para fazer aquilo que o Brasil precisa”. E é o que estou fazendo. Lá na frente haverá reconhecimento, a verdade virá.
Jornalista: Inaudível
Presidente: Vou responder. Não vou trocar o ministro Padilha, em primeiro lugar. Estou examinando, como você disse, pontualmente caso a caso. Evidentemente em um dado momento, se houver necessidade de reforma ministerial, eu a farei, mas não farei em função do ponto A ou do ponto B, farei uma coisa global para efeito administrativo, ou seja, para agilizar cada vez mais o governo. Mas não penso nisso agora. Se pensar, pensarei no futuro.
Jornalista: Obrigado.