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Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Michel Temer, após almoço anual da Indústria Elétrica e Eletrônica - São Paulo/SP

 

São Paulo-SP, 08 de dezembro de 2017

  

 

Presidente: Então, olha aqui, acabei de participar do almoço da Abinee. Assinamos uma medida provisória incentivadora do setor. Todos foram unânimes nas suas falas, de dizer que este pleito é um pleito que facilita, naturalmente, a atividade do setor eletro-eletrônico que estava paralisado há mais de dez anos.

            E eu registrei que nós temos tido a oportunidade, nesses 18 meses de governo, de tirar, digamos assim, das gavetas, vários projetos que foram discutidos e pensados há muito tempo atrás e jamais foram levados adiante.

            Acho que foi uma boa oportunidade. Pude também fazer uma pregação em favor da Previdência Social, mostrando que ela não prejudica ninguém. Nem mesmo aqueles que, enfim, hoje detêm melhores salários no serviço público mas que, entretanto, terão que fazer uma previdência complementar. Vamos equiparar o trabalhador da iniciativa privada com o trabalhador do serviço público, sendo certo que o trabalhador do serviço público, até o limite da Previdência, que é cinco mil, trezentos e qualquer coisa, continua no sistema previdenciário atual, os que ganham mais vão ter que fazer uma previdência complementar, ou seja, uma pequena contribuição para gerar economia para o País.

            Aproveitei fazer isto aqui, aproveitei fazer isto lá na Abiquim também, da mesma maneira. De modo que foram momentos muito importantes.

 

Jornalista: Presidente, o senhor está mostrando hoje um bom humor incrível aqui, uma confiança muito grande. Eu pergunto: isso está ligado ao fato do senhor achar que o senhor já tem voto suficiente para aprovar a reforma?

 

Presidente: Não, se deve ao entusiasmo que eu tenho pela reforma da Previdência, como indispensável para o País. Aliás, agradeço você dizer que eu estou de bom humor, porque as pessoas dizem que eu sou… tenho cara de zangado, não é? Agradeço muito. Mas o meu bom humor deriva exatamente disso, do fato que nós temos…

 

Jornalista: Mas tem voto, presidente?

 

Presidente: Nós estamos pegamos os votos. Nós marcamos agora, com o apoio do Rodrigo Maia, do Eunício Oliveira, nós estamos colhendo os votos, vamos deixar para o dia 18, 19, vamos verificar até lá. Eu suponho que até lá, especialmente pelo apoio de toda a imprensa. Hoje eu vejo que não há um setor da imprensa sequer que será contra a reforma da Previdência, ao contrário, o que tem sido feito é vocês têm batalhado muito, colunistas, notícias, todas exigindo uma manifestação em favor da Previdência Social que, volto a dizer, não prejudica eleitoralmente ninguém. Ao contrário, ajuda.

 

Jornalista: Qual a chance de ficar para o ano que vem na reforma, qual é?

 

Presidente:  Ah, não, a minha chance é de votar no dia 18, 19.

 

Jornalista: Mas se ficar para o ano que vem…

 

Presidente: Não vou cogitar isso. Só vou cogitar 18 e 19 por enquanto.

 

Jornalista:  (incompreensível) o senhor acredita que os partidos da base (incompreensível)

 

Presidente: Olhe, alguns fecharam. PMDB e PTB. E o PPS está procurando fechar também. Agora, partidos  como o PP, por exemplo, só para dar um exemplo, me disse o líder Arthur Lira, o presidente Ciro Nogueira, me dizem que lá vem de 90 a mais de 90% dos votos. Este é o número que cada partido, mais ou menos, tem me indicado. Tem um ou outro partido com mais dificuldades. Se nós somarmos 308 votos, nós vamos levar a voto.

 

 Ouça a íntegra da entrevista (03min24s) do Presidente Michel Temer