Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Michel Temer, após reunião bilateral com o Presidente dos Estados Unidos Mexicanos, Enrique Peña Nieto - Puerto Vallarta/México
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Puerto Vallarta-México, 23 de julho de 2018
Presidente: Eu convidei o presidente para falar à imprensa brasileira, já que nós tivemos…
Jornalista: … senhor Presidente, para que eu fale com você. (...)
Presidente: Como puderam perceber, a conversa com o presidente do México foi muito oportuna, e ela é uma sequência de uma reunião que nós fizemos em Lima, no Peru, na Cúpula das Américas, quando eu conversei muito com o presidente Peña Nieto, e com o presidente Piñera, e outros da Aliança do Pacífico, para que pudéssemos chegar a uma declaração conjunta Mercosul e Aliança do Pacífico. E eles concordaram naquela ocasião, e o presidente Peña Nieto teve a delicadeza de mudar a data. Porque, como amanhã eu vou para Johanesburgo, na África do Sul, ele teve, volto a dizer, a delicadeza de mudar a data para que eu pudesse estar aqui, juntamente com o presidente do Uruguai, que hoje preside o Mercosul, para que nós fizéssemos essa declaração conjunta.
E, além disso, as relações México-Brasil, que já são mais do que razoáveis, estão sendo intensificadas por essa conversa que nós estamos tendo, especialmente no tocante às relações comerciais. O ministro da Economia e o nosso ministro da Indústria e Comércio já conversaram bastante no passado, e ficaram de conversar mais ainda para aumentar as exportações e importações.
Jornalista: De concreto, presidente, o que foi acertado hoje com o presidente Peña Nieto?
Presidente: A possibilidade de, por exemplo: vou dar um exemplo, o caso do feijão, que México quer exportar para o Brasil e nós queremos exportar arroz. Nós tratamos desse tema. Ele deixou isso para agosto, de modo que os ministros da Economia e da Indústria e Comércio conversarão sobre isso, este é um primeiro ponto. O segundo ponto é que nós temos uma cota de frangos para o México, de 300 mil toneladas/ano. E eu pedi que eles examinassem a possibilidade de aumentarem essa cota, já que nós estamos atingindo esta cota no presente momento. Então, também esta matéria ficou de ser examinada. Isso na relação Brasil-México.
Certamente amanhã, na reunião da Aliança do Pacífico com o Mercosul, outros temas virão, virão à luz.
Jornalista: (...) acordo deles com o Nafta pode representar uma oportunidade para o Brasil avançar?
Presidente: Ele pediu exatamente isto: que nós aguardássemos um pouco, até agosto, porque ele está examinando esse aspecto para, logo depois das reuniões China-Estados Unidos, Canadá, etc., ele possa conversar, eles possam conversar, mais objetivamente com o nosso País.
Jornalista: Mas primeiro o Nafta, a prioridade do México agora é o Nafta, aí depois conversar com a América do Sul.
Presidente: Eles estão trabalhando nisso. Trabalhando nisso, mas nada impedindo que se aumente o incremento de importações e exportações Brasil e México.