Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Michel Temer, após Seminário de Captação de Investimentos Russos no Brasil - Moscou/Rússia
Moscou-Rússia, 20 de junho de 2017
Presidente: Eu faço esta visita à Rússia, já tive a oportunidade de encontrar os dirigentes do parlamento russo. Agora, uma reunião com investidores russos interessados em investir no Brasil e até acompanhado de alguns investidores brasileiros, que investem aqui na Rússia. E eu vejo muito entusiasmo, para essa integração entre a Rússia e o Brasil.
Acabei de verificar pelo vice primeiro ministro da Indústria, enfim, da área da Indústria e Comércio, um entusiasmo muito grande. Verifiquei entusiasmo também dos empreendedores russos. De modo que neste primeiro dia da viagem aqui a Moscou, eu já vejo resultados muito saudáveis para a nossa economia, especialmente, que tenho salientado a segurança jurídica e a estabilidade econômica que hoje alcançou o nosso País.
Jornalista: Presidente, a crise política não pode atrapalhar, não pode desanimar?
Presidente: Não atrapalha minimamente. Tanto não atrapalha que vocês vejam que neste primeiro trimestre houve um aumento de 1% no PIB e os indicativos de todos são no sentido em que este aumento vai continuar. A inflação hoje é menos de 4%, não é? Quando nós chegamos ao governo, estava em torno de 10% e você sabem que até o final do ano, estará abaixo do centro da meta, que é 4,5. Ou seja, essas coisas não vão perturbar a economia. Aliás, eu tenho lido em vários articulistas exatamente isso: crise política não prejudica hoje a economia.
Jornalista: Presidente, mas tem as carnes. A Rússia é nosso terceiro maior importador. E a gente (inaudível) acabou de acontecer, nós temos a JBS envolvida em um escândalo. Como é que é vender as carnes brasileiras aqui? Tem algum problema? Qual é a receptividade?
Presidente: Você sabe que eu acabei de registrar, e registrarei amanhã ao presidente Putin e ao primeiro ministro Medvedev, exatamente, digamos assim, a gratidão do governo brasileiro, porque quando se lançou aquela coisa hipotética, da chamada Carne Fraca, era para atingir dois ou três frigoríficos, a Rússia, que é grande adquirente de carnes suínas, bovinas e frangos, não se alterou, continuou a importar da mesma maneira. O que eu quero é incentivar a importação e (inaudível) de quem quer que seja.
Jornalista: Presidente como é que o senhor avalia o relatório da Polícia Federal?
Presidente: Vamos esperar. Isso é juízo jurídico.
Ouça a íntegra da entrevista (02min30s) do presidente.