Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Michel Temer, durante Cerimônia de Entrega de 900 UH do Condomínio Residencial Rubi III a V do Programa Minha Casa Minha Vida - Limeira/SP

Limeira/SP, 02 de dezembro de 2017

Presidente: Bom, tudo bem?

Jornalista: Joia.

Presidente: Olha primeiro eu quero dizer, vocês acompanharam aí a entrega de 900 novas unidades residenciais. Com grande alegria de todos os que receberam o seu imóvel. É uma emoção extraordinária.

Isso tem se repetido em todo o País, neste ano e meio que nós estamos a frente do governo; ainda agora, recebi do ministro Baldy e do Gilberto Occhi ao lado do governador que nós estamos para entregar 25 mil unidades habitacionais.

A ideia ao longo desse tempo foi retomar o programa, onde houvesse obras inacabadas acabá-las. Aliás nesse tópico das obras inacabadas, o fato é que com o programa Agora, é Avançar, Lombardi, nós estamos para concluir 7 mil obras que ficaram paralisadas.

Daqui a pouco vamos a Americana, onde entregaremos mais 800 e tantas unidades habitacionais, e isto tudo se soma às 25 mil que nós queremos entregar neste ano. Acho que foi um momento muito oportuno, é uma parceria do governo federal, com parcela do governo estadual, que tem dado os melhores resultados no nosso País.

Jornalista: Presidente (incompreensível)

Presidente: Ainda não deu, ainda não deu. Haverá o momento próprio para essa conversa.

Jornalista: Hoje ainda?

Presidente: Não sei. Nós vamos verificar a melhor oportunidade.

Jornalista: Presidente, em relação ao Horto Florestal? Eu sou da rádio Educadora. O que o senhor tem a dizer sobre o Horto Florestal? Teve uma invasão do MST aqui em Limeira.

Presidente: Olhe, eu acabei de receber esse pleito do prefeito Botion, e vou levar a maior consideração. O que nós pudermos fazer… eu acabo de receber o pleito, vou levá-lo, é importantíssimo. Ele me relatou exatamente a importância, porque está sendo invadida, uma coisa assim.

Jornalista: Tem uma invasão de 10 anos, presidente. E uma nova agora.

Presidente: Pois é, nós vamos ver se… você sabe que nesse governo há questões que datavam de mais de 25 anos e que não foram resolvidas, e que foram resolvidas nesses 18 meses de governo: veja o teto dos gastos, veja a reforma do ensino médio, veja a reforma trabalhista. Veja a história dos planos econômicos, que houve mais de 1,5 milhão de ações no Judiciário – 1,2 milhão – de ações no Judiciário que nós estamos solucionando.

É muito possível que na semana que vem o Supremo acabe por homologar uma petição que a União Federal vai dar entrada. E homologada, nós eliminamos mais de 1 milhão de processos que estão em andamento e, além disso, injetamos praticamente R$ 12 bilhões na economia.

Então, essa coisa de que faz 10 anos, tinha coisa que datava de 20 anos e foi solucionada agora. Eu espero que no caso do Horto Florestal nós possamos fazer isso.

Jornalista: (incompreensível), mas qual deve ser o teor da conversa, já que o próprio governador disse que vai desembarcar do PSDB. Qual deve ser o teor?

Presidente: Será uma coisa cortês e elegante, como é do meu estilo e como é do estilo do governador. Eu tenho certeza que o PSDB deu uma grande colaboração ao governo. Nós temos um ano e meio, o PSDB esteve presente um ano e meio, aliás, em ministério de grande porte como este Minha Casa Minha Vida, o Ministério das Cidades, que é um ministério de grande porte. Deram uma grande colaboração na área externa, primeiro com o ministro Serra; agora, excepcionalmente, de maneira extraordinária, com o ministro Aloysio. Deram uma grande colaboração. Quando nós conversarmos sobre isso, tudo será feito de maneira muito elegante, não tenho dúvida disso.

Jornalista: Presidente, sobre a reforma da Previdência.

Presidente: A reforma da Previdência, olha nós vamos fazer o possível e o impossível para votar. Eu tenho reuniões domingo, várias reuniões com o Rodrigo Maia, o presidente da Câmara, o presidente do Senado, estão muito entusiasmados, entusiasmados em nome do Brasil. Não é mais entusiasmados em nome do Congresso, porque nós todos sabemos que a reforma, embora reduzida, como ficou ela traz uma grande economia, me disse o ministro Meirelles, que isso significa uma economia, ao longo de 10 anos, de mais ou menos 480 bilhões de reais.

Então nós vamos trabalhar para ter os votos, e até a quinta-feira próxima, ou sexta-feira próxima, nós vamos verificar se teremos votos. Acho que nós poderemos sensibilizar. Veja você, vocês da imprensa estão a favor hoje, a sociedade começa a compreender a importância da Previdência, especialmente porque ela não causa prejuízo aos mais carentes.

Vocês sabem que nós tiramos os trabalhadores rurais, tiramos o benefício prestação continuada, os idosos e deficientes e outros tantos, não é? Então, ela só quebra os privilégios, mas isso já traz uma grande economia. Eu penso que nós poderemos votar nisso.

Vamos fazer todo o esforço, só se não tivermos voto é que não levaremos ao Plenário. 

Ouça a íntegra da entrevista (05min09s) do presidente.