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Entrevista concedida pelo Presidente da República, Michel Temer, à Rádio Jovem Pan - Brasília/DF - (03min48s)

Brasília-DF, 09 de novembro de 2016

 

Jornalista: Professor Villa, a gente tem conosco aqui no Jornal da Manhã, aliás, o senhor tem um convidado, ele está com o tempo muito curto e só vai responder a sua pergunta. O senhor anuncia também que está conosco na linha.

 

Jornalista: Bem, primeiro eu queria agradecer obrigado por o senhor nos atender. Eu sei que a vida de presidente não é fácil, mas logo o senhor vai está em Tietê descansando.

 

Presidente: Olhe, muito obrigado, tenho muito prazer em falar com você e com todos os companheiros da Jovem Pan, viu.

 

Jornalista: Presidente, como é que o senhor analisa - pensando em termos do Brasil - o significado da eleição norte americana?

 

Presidente: Você sabe, Villa, que eu tenho dito com muita frequência, quando perguntado a respeito disso, que a relação do Brasil com os Estados Unidos, assim como os demais países é uma relação institucional. É de Estado para Estado. Estado brasileiro para o Estado norte-americano. E eu acabei de ouvir alguém dizer aí: "Olhe o Estados Unidos tem instituições sólidas, democráticas", de modo que quem assume o poder, também, não consegue, convenhamos, a exercer com todo autoritarismo. Ele exerce com a força da autoridade institucional do presidente da República. Mas há uma série de condicionantes e tudo isso que o presidente há de obedecer. Então, eu tenho absoluta convicção de que a relação institucional do Brasil com os Estados Unidos, continua a mesma, não haverá modificação nenhuma. Estou até mandando um telegrama agora para o presidente, cumprimentando-o pela eleição e remarco, reitero que a relação é uma relação de Estado para Estado. Aí é o povo que tem que decidir. O povo decidiu dessa maneira, o Brasil só pode tirar o chapéu e cumprimentar.

 

Jornalista: O senhor como cidadão não tem nenhuma preferência por nenhum dos candidatos?

 

Presidente: Eu tenho preferência sempre por quem consiga manter uma boa relação com o nosso país e com quem consiga preservar democracia. É o que eu espero que o presidente Trump possa realizar nos Estados Unidos.

 

Jornalista: E qual a importância dos Estados Unidos para o Brasil, presidente?

 

Presidente: É um grande parceiro comercial, não é. Você sabe que é o segundo parceiro comercial no Brasil. Nós temos uma relação antiga sobre o foco comercial, temos o maior interesse em incentivar, especialmente agora, Villa, que nós estamos abrindo 34 concessões de várias áreas públicas, nós temos o maior interesse. Quando eu estive em Nova Iorque, na ONU, eu reiterei este fato, que nós estamos abertos para a vinda do capital estrangeiro, que pode se associar ao capital nacional. Acho que para nós é importante ter investimentos dos Estados Unidos e outros tantos países aqui no Brasil, é importante para o foco principal do nosso governo que é eliminar pouco a pouco, o desemprego.

 

Jornalista: É só mais uma outra ocasião, eu sei que o senhor está super ocupado, presidente, a questão que o senhor falou agora de todas essas mudanças que estão ocorrendo no Brasil, em termos das reformas o senhor acredita na aprovação da PEC dos gastos ainda esse ano, não é?

 

Presidente: Ah, se Deus quiser. Tenho certeza. Eu tenho uma programação, viu Villa, que está marcado dia 29 para a votação do primeiro turno e dia 13 de dezembro o segundo turno, e logo em seguida o Congresso promulga essa PEC. Eu tenho certeza que vai ser aprovada nesse ano. O Congresso tem colaborado muitíssimo, muitíssimo conosco e com o país.

 

Jornalista: Perfeito, presidente. Muito obrigado por ter atender a Jovem Pan, por fazer mais essa gentileza, e nós, já de antemão, já fazemos um convite ao senhor, quando for possível, para poder ser uma entrevista um pouco mais longa, aqui no estúdio, se possível melhor ainda, presidente, se não por telefone. Tá bom presidente?

 

Presidente: Tem café?

 

Jornalista: Tem café!

 

Presidente: Então eu vou tomar um café aí.

 

Jornalista: Vale. Olhe é com maior prazer gostaríamos de recebê-lo então.

 

Presidente: Um abraço.

 

Ouça a intégra da entrevista (03min48s) do presidente da República

 

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