Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Michel Temer, à Voz do Brasil
Brasília/DF, 09 de maio de 2018
Jornalista: Dois anos de governo.
Jornalista: Em 12 de maio de 2016, Michel Temer assume a presidência.
Jornalista: Em discurso de posse, o presidente pediu a unificação do País, diálogo e confiança para que o Brasil pudesse retomar o crescimento.
Jornalista: O País vivia uma recessão, com altos índices de desemprego, inflação alta e descontrole nas contas públicas.
Jornalista: Agora, dois anos depois, A voz do Brasil conversa com exclusividade com o presidente Michel Temer, que vai explicar quais medidas foram tomadas para mudar essa realidade. O presidente também responde perguntas e mensagens dos nossos ouvintes.
Boa noite, presidente, e obrigada por nos receber mais uma vez.
Presidente: Muito boa noite Gabriela, boa noite a você, Nasi. Boa noite a todos os ouvintes d’A Voz do Brasil.
É com extraordinária satisfação que falo hoje a vocês depois desse caminho percorrido. Eu, sinceramente, acredito que fizemos muito em pouco tempo e o Brasil hoje, é um novo País. É o que sempre digo nos meus encontros com presidentes de outros países, empresários e para a população. O Brasil voltou. E voltou para ficar.
Jornalista: Presidente, vamos começar por uma dúvida de muitos brasileiros. É sobre o Bolsa Família. O senhor já anunciou, mas muita gente mandou mensagem em nossas redes sociais querendo saber detalhes.
Jornalista: Uma delas é a Vilma de Araújo, que mora no estado de Pernambuco, tem dois filhos e recebe o benefício.
Jornalista: Ela contou que está em um momento difícil em casa e quer saber sobre o aumento do Bolsa Família.
Ouvinte: Olá, boa noite. Eu me chamo Vilma de Araújo Lima, moro na cidade de Petrolândia, Pernambuco. sou beneficiária do Bolsa Família. Presidente Temer, eu gostaria de saber se vai ter aumento para o Bolsa Família nesses próximos meses.
Presidente: Olá Vilma, muito boa noite. E boa noite, naturalmente, a todos os pernambucanos. E, você sabe Vilma, quando eu assumi o governo, há dois anos, eu fiz um compromisso com a população. Deixei claro, bem claro, logo no meu primeiro discurso de posse.
Vamos manter os programas sociais, o Bolsa Família, o Pronatec, o Fies, o Prouni, o Minha Casa, Minha Vida. Todos são projetos que deram certo. E posso garantir hoje para você. Todos eles melhoraram. A primeira medida que tomamos nesse sentido, foi justamente a de aumentar o valor do Bolsa Família. Agora, neste mês, dona Vilma, eu autorizei um novo aumento.
A partir de julho, você vai receber o benefício com um novo valor. Reajustei o Bolsa Família em 5,67%. E olha só: em apenas dois anos, reajustamos o Bolsa Família em mais de 18%. Lembrando até, que neste período de julho de 2016 até março de 2018, a inflação ficou em 5,5%. Ou seja, eu quero dizer o seguinte: o reajuste foi três vezes maior que a inflação indicada nesse período. Seu dinheiro passou a render mais.
Jornalista: E presidente, a Vilma também comentou conosco sobre a fiscalização no Bolsa Família. Como é que o governo vem fiscalizando o benefício para evitar que quem não precisa, receba o dinheiro?
Presidente: Olha dona Vilma, nós reforçamos essa fiscalização e isso se transformou numa grande benefício a quem mais precisa. Vou dizer a você uma coisa importante. Nós começamos um trabalho de cruzamento de dados das pessoas que recebem o benefício e descobrimos milhares de irregularidades. Para você ter uma ideia, gente que nunca deveria receber o dinheiro, estava recebendo. Portanto, não precisava receber o Bolsa Família, prejudicando aqueles que recebem.
E, veja só, essa ação de combate às fraudes, abriu oportunidade para que mais pessoas pudessem entrar no programa. Pessoas que realmente precisam. Uma pessoa que se cadastra hoje, e está dentro dos requisitos do programa, consegue receber o dinheiro no mês seguinte.
Jornalista: Presidente, quem tem outra pergunta sobre o Bolsa Família é a Elisa Maria da Conceição, que mora lá no Piauí.
Jornalista: Ela recebe o Bolsa Família, tem quatro filhos e dois estão no programa.
Jornalista: E olha só, a Elisa mandou uma mensagem pra gente porque está preocupada com os filhos mais velhos. Eles estão desempregados. Vamos ouvir a pergunta que ela faz para o senhor, presidente.
Ouvinte: Meu nome é Elisa Maria da Conceição, eu moro em Cocal de Telha. Eu recebo o Bolsa Família, eu tenho dois filhos que estão sem trabalhar. Quero saber como é que eles podem trabalhar. Aí deu vontade de conseguir pagar um curso pra ele, mas não posso. Como é que eu faço?
Presidente: Olhe dona Elisa, é uma ótima pergunta. E até, mando um abraço a senhora, ao pessoal aí de Cocal de Telha. E há uma coisa dona Elisa que eu sempre digo. O nosso maior desejo é trabalhar para que as pessoas que recebem o Bolsa Família, possam melhorar a renda, naturalmente, conseguindo um emprego. E nós criamos o plano Progredir, justamente para mudar realidades como a da senhora, dona Elisa. Isso porque o programa oferece cursos profissionalizantes de graça aos beneficiários do Bolsa Família. Para que? Para incentivar o emprego e dar independência a essas pessoas.
E vou dizer o seguinte, os resultados já estão por aí. Em três meses, de outubro a dezembro do ano passado, dona Elisa, foram gerados mais de 68 mil empregos com carteira assinada para famílias do Bolsa Família. E tem mais: se os seus filhos tiverem espírito empreendedor para abrir um negócio, um pequeno negócio, também tem capacitação e crédito para começar uma pequena empresa. Ou seja, se não tiver um emprego, pode começar uma empresinha pequena, etc., dentro do programa Progredir. E tem muita gente fazendo isso, dona Elisa. Pra senhora ter uma ideia, de julho a dezembro do ano passado, nós liberamos quase R$ 2 bilhões em microcrédito, quer dizer crédito pequeno, para famílias inscritas no Cadastro Único de Programas Sociais e beneficiários do Bolsa Família.
Jornalista: Presidente, agora vamos contar a história da Maria Lúcia de Oliveira Brito que mora em Boqueirão, na Paraíba.
Jornalista: A Maria Lúcia apresentou um projeto através de uma associação sem fins lucrativos para construir 50 moradias pelo Minha Casa, Minha Vida, isso lá em 2012.
Jornalista: Pois é, mas em 2014 o projeto parou porque o governo não tinha mais dinheiro para investir nesse programa.
Jornalista: Foi aí que, em 2016, o projeto foi retomado e aprovado. A Maria Lúcia conta toda orgulhosa que não perdeu a esperança.
Jornalista: Pois é, presidente. Ela ainda faz um convite para o senhor, vamos ouvir.
Ouvinte: Eu tenho primeiramente que agradecer a Deus e agradecer ao presidente ter liberado, ter tido essa atitude. Era um sonho dos grandes, tanto da associação como as pessoas. Eu via na, assim né, no olhar das pessoas, um projeto que foi começado em 2012 e teve várias pessoas que deixaram de acreditar nele e outras diziam: “Não Lúcia, a gente sabe que você está correndo atrás e a gente vai conseguir”. E eu tenho fé em Deus, já tinha que começar a construir e terminar logo esse projeto, porque vai ter o que? Vai ter emprego, gerar emprego para os pedreiros, gerar para aquelas pessoas que estão desempregadas, tem coisa melhor?
Presidente Temer, nós aqui da comunidade Taboado, cidade de Boqueirão na Paraíba, queremos que, quando começar o serviço aqui das casas, o senhor faça visita e venha para a inauguração desse, dessas casas. Isso foi um projeto que foi muito sonhado e graças a Deus que o senhor teve essa luz divina que liberou esse dinheiro para esta comunidade tão necessitada que precisa.
Presidente: Olhe, Maria Lúcia, eu vou dizer a você, primeiro eu já estou pedindo para o pessoal que está ao meu lado aqui para anotar, para eu poder chegar aí quando começar esse, a implantação desse projeto. Portanto, um abraço para você, ao pessoal da comunidade Taboado, da cidade de Boqueirão, na Paraíba, e dizer a você que eu fico muito orgulhoso com o convite que você me fez. E fico feliz por saber que um ato que praticamos aqui, de tantos que nós estamos fazendo, dona Maria Lúcia, muda e transforma a vida de muita gente Brasil a fora.
Nós poderíamos pensar, são somente 50 casas, mas ouvindo o seu depoimento, a gente começa a enxergar a dimensão de cada decisão que tomamos. E, dona Maria, 50 daí mais 50 ali, 100, 150, enfim, a gente vai mudando a vida das pessoas e trazendo, precisamente, isso que a senhora disse com tanta firmeza, que é esperança. A senhora não perdeu a esperança. E é exatamente isso que queremos: trazer de volta o otimismo, a confiança no nosso País.
E quando assumimos, eu registro esse fato, não tive dúvidas de que precisávamos retomar o Minha Casa, Minha Vida. Eram inúmeras as obras e os projetos parados em todo o País. E o resultado, a gente vê aí. Estou viajando por todo o Brasil e entregando casas para quem esperava muito tempo a realização desse sonho.
No nosso governo, nós estamos entregando 40 mil novas casas todo mês, pelo Minha Casa, Minha Vida. E como a senhora falou, realmente muito bem, não estamos entregando apenas sonhos. Estamos movimentando a economia, gerando empregos no setor da construção civil, um setor importante para o País. Então, meu muito obrigada a senhora dona Maria Lúcia, esperamos que comecem logo os trabalhos por aí, para que nós possamos inaugurar e entregar as chaves das moradias a essas famílias que tanto precisam.
Jornalista: Estamos em entrevista exclusiva com o presidente Michel Temer n’A Voz do Brasil.
Jornalista: Ainda nesta edição, o presidente responde perguntas e mensagens dos nossos ouvintes, sobre educação, emprego e segurança. Continue com a gente.
Jornalista: Presidente, agora o assunto é economia.
Jornalista: A Sandra Paula Petel é do Rio de Janeiro e enviou para a gente uma mensagem em nossas redes sociais contando o que mudou na vida dela nos últimos dois anos. A Sandra é nossa ouvinte diária, presidente, e diz como sentiu no bolso algumas mudanças nesse período. Vamos ouvir.
Ouvinte: Ele ajeitou a economia, está melhorando sim a situação dos brasileiros. Até o desemprego melhorou, a inflação diminuiu, e a gente já pode notar o poder de compra já melhorando, eu já percebi uma melhora no meu salário. Eu já estou com um poder de compra maior do que eu estava antes. Eu queria saber se ele vai manter o padrão da economia. Porque assim, dois anos agora foi pouco tempo né, para ele poder realmente atuar. Queria saber se ele vai fazer isso.
Presidente: Olhe, dona Sandra, eu agradeço sua pergunta e digo que muita gente agora acredita que vamos relaxar, que faltam apenas sete meses de governo. E o que a gente pode fazer nesse curto espaço de tempo, é a pergunta que eu me faço. Eu digo à senhora. Vamos fazer muito ainda. Nós não tivemos medo, por exemplo, de tomar medidas duras, mas necessárias, para mudar os rumos do País. E, também, eu quero registrar, era preciso aquecer a economia. Foi quando tivemos, a senhora deve se lembrar, a ideia de liberar o saque do Fundo de Garantia. Olhe, dona Sandra, nós injetamos R$ 44 bilhões na economia e os brasileiros tiveram a oportunidade de pagar dívidas, comprar itens de primeira necessidade.
Aliás, o mesmo aconteceu quando nós antecipamos o saque do PIS/Pasep. Era, só podiam sacar aqueles que tinham 70 anos. Nós diminuímos para 60 anos. Mais um dinheirão que estava parado e que foi fundamental para que retomássemos o consumo e a geração de empregos.
Dona Sandra, nos últimos meses que nos restam, vamos trabalhar mais para garantir à senhora e aos brasileiros, mais empregos. É a nossa prioridade.
Jornalista: Pois é presidente, foi bom o senhor falar em emprego. É que a gente tem uma pergunta da Maria Costa, de Sergipe, que trabalha com o projeto voluntário chamado Faça o Bem por Amor ao Próximo.
Jornalista: A ação apoia famílias em dificuldade. A Maria contou pra gente que é como fazer uma ponte. Ela conhece a família, às vezes uma pessoa que precisa de emprego ou alguém com problemas de saúde. E ela faz a ligação entre quem precisa e quem pode ajudar.
A Maria conta um pouco da realidade que ela vive lá na cidade dela com relação ao emprego. E ela também tem uma pergunta. Vamos ouvir.
Ouvinte: Meu nome é Maria [incompreensível] Costa Silva, e eu estou falando da cidade de Itabaiana, Sergipe. O desemprego, ele alcançou um índice, assim, jamais visto no País. Só que ele vem reduzindo. Na minha cidade, houve um crescimento de emprego, porque a gente tem umas empresas que veio pra cá de fora e gerou alguns empregos. Presidente, eu gostaria de saber o que ainda pode ser feito pelo nosso País nesses últimos meses aí, que está finalizando o seu mandato. Pode ser feito muito mais?
Presidente: Olhe, dona Maria Costa. Primeiro parabéns pelo trabalho que a senhora desenvolve aí em Itabaiana, Sergipe. Aliás, eu aproveito para mandar um abraço a todos os habitantes de Itabaiana. E eu vejo, dona Maria, que a sua preocupação com o futuro, com as pessoas, nos mostra que é possível fazer muito mais nestes últimos meses de governo.
Eu já disse aqui que nós retiramos o País da recessão. E isso se refletiu também na geração de empregos. Foi o caso, que a senhora citou aí: as empresas voltaram a confiar na nossa economia, viram que era possível ampliar seus negócios e não foi sem igual, que o resultado, estamos acompanhando de perto, a abertura de novos postos de trabalho.
Ou seja, é uma espécie de onda positiva, uma onda do bem. E assim, dona Maria, como faz a senhora com seu projeto. A economia forte, que abre caminhos para o consumo, que abre portas para o emprego e que assegura o salário para o trabalhador, que, naturalmente, respira aliviado, porque sabe que vai conseguir pagar as contas e colocar comida na mesa, cuidar melhor dos filhos.
Jornalista: Presidente, tem muito jovens nos ouvindo agora, que estão de olho no futuro.
Jornalista: E o que esperar desse futuro aproveitando o presente?
Jornalista: Nós conversamos com alguns estudantes e um deles nos chamou muita atenção.
Jornalista: Ele mora em uma cidade do interior de Goiás, e sempre estudou em escola pública. Neste momento, está cursando o ensino médio.
Jornalista: Pois é, o nome dele é William Ferreira, tem 17 anos. E o William mandou uma mensagem pra gente contando um pouquinho da história dele e também fez uma pergunta. Vamos ouvir.
Ouvinte: Bom, meu nome é William Ferreira de Jesus, eu moro na cidade de Cristalina, Goiás. Tô cursando o terceiro ano do ensino médio, em escola pública, toda a vida em escola pública. O meu ensino médio aqui em Cristalina, é ensino médio integrado com o curso. Tem sido muito bom porque, em uma escola onde você pode escolher aquilo que você quer cursar, te dá (incompreensível) te dá mais prazer de você continuar estudando ali até o período que acabar o seu curso. Meu plano de vida é estudar muito para tirar uma boa nota no Enem, passar em uma universidade bacana, de preferência pública ou federal e, se Deus abençoar, estar aí, estudando, tentando um futuro melhor num curso superior, e é isso. Boa noite presidente. Eu gostaria de saber, porque eu estou cursando meu último ano do ensino médio, e estou aqui firme e forte para tentar ingressar em uma universidade pública ou uma universidade federal. Caso eu não consiga, se eu quiser tentar meu curso superior em uma universidade privada, quais as alternativas, quais os meios que eu tenho para conseguir esse feito?
Presidente: Olha, muito boa noite, William, e gratíssimo pela sua pergunta. E olhe, que bom poder ouvir o seu depoimento. Você tem 17 anos e está aí cheio de planos, cheio de otimismo. E eu percebo que muito desse otimismo se deve ao que nós fizemos dentro do ensino médio brasileiro. Você veja, William, quando entramos no governo, começamos a verificar a situação do ensino em nossa escola, e um dos dados que recebemos era de que mais de 1 milhão de jovens, na mesma idade sua, 17 anos, que deveriam estar no terceiro ano do ensino médio, estavam fora da escola. Outros 1 milhão, William, 1 milhão e 700 mil, não estudavam e nem trabalhavam. Foi aí, não tivemos dúvida: era necessário mudar urgentemente este cenário e atender uma demanda de mais de 20 anos dos educadores brasileiros.
Com esse Novo Ensino Médio, o jovem, todo jovem, vai poder fazer como você William. A ideia é que o estudante tenha uma formação técnica profissional, junto, naturalmente, com o ensino regular. E ao final dos três anos receba os dois certificados.
A gente ouviu você dizer aí o quanto você sente prazer em estudar. E queremos exatamente isso, tornar o ensino mais atrativo, evitar que o aluno saia da escola, e ainda, ensinar uma profissão a ele.
Jornalista: Pois é, presidente. A gente ouviu aí que o William quer continuar, está inspirado mesmo. Quais seriam as alternativas caso ele tente uma vaga em uma universidade particular? Ele conta que não tem como pagar uma mensalidade.
Presidente: Olhe, tem sim William, eu vou dizer a você. A gente vem investindo muito nisso. No ano passado, tivemos um recorde de ofertas no número de bolsas do Prouni. Foram 360 mil, número - vou dar o dado para você - número 20% maior que a média do governo anterior. E nós temos também, William, o financiamento estudantil.
Nós mudamos as regras do financiamento estudantil para atender quem realmente precisa. Agora, o juro é 0 para quem tem baixa renda.
Jornalista: Presidente, muita gente que nos ouve agora também quer saber sobre a saúde.
Jornalista: E é possível fazer um balanço desses dois anos, presidente?
Presidente: Nós fizemos muito Nasi e Gabriela. Ampliamos o número de consultas nas unidades básicas de saúde, que atendem, olha aqui: 70% da nossa população nas unidades básicas de saúde. Ou seja, nós reforçamos o atendimento na ponta, onde o paciente recebe um primeiro diagnóstico e já sai dali medicado. E não foi só isso não.
Renovamos 65% da frota do SAMU. Tudo isso foi possível mudando a forma de administrar o dinheiro. E olhe: economizamos R$ 2,5 bilhões, que foram reinvestidos integralmente no atendimento à população com a realização de exames e cirurgias.
Jornalista: Presidente, outra preocupação dos brasileiros, é claro, é a segurança.
Jornalista: E nós recebemos a mensagem do Werley Moura, que faz uma pergunta sobre isso.
Meu nome é Werley Moura, hoje eu estou residindo na capital de Rio Grande do Norte, Natal, mas durante 22 anos eu morei no Rio de Janeiro, até ano passado. Conheço muito bem a realidade do Rio de Janeiro, principalmente da classe trabalhadora, que sofre com a violência.Então a minha pergunta é que, acho que todo Brasil quer fazer, porque a violência ela não está só no Rio de Janeiro, ela está instalada no Brasil todo. Então, se eu tiver a oportunidade de estar frente a frente com o presidente Temer, eu ia perguntar: qual é a solução para a segurança? Já que, em vista, nós temos aí a intervenção no Rio de Janeiro. A esperança da gente é que resolva, né? Porque a presença do Estado, a presença vai inibir a criminalidade. Então a minha pergunta é, qual a solução para a segurança?
Presidente: Olha Werley, em primeiro lugar um grande abraço a você, e ótima sua pergunta viu Werley, a questão da segurança, naturalmente, aflige a todos os brasileiros. E você acabou retratando, pela sua fala, exatamente a preocupação que é uma preocupação, penso eu, da grande maioria dos brasileiros. Mas nós estamos enfrentando essa questão, viu Werley, com muita coragem. Entendendo até que o tema ficou muito tempo esquecido.
Nós começamos, você sabe disso, com a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, que representa, Werley, uma guinada no enfrentamento à violência no nosso País. É preciso, na verdade, uma ação coordenada em todo o País. E também você sabe, Werley, nós decretamos a intervenção federal no Rio de Janeiro porque se trata de uma medida de longo prazo. E conta com o apoio integral da população. Como você bem disse: a intervenção tem apenas 3 meses e o Rio de Janeiro está nessa situação há 20 anos. Mesmo assim, podemos dizer que já temos resultados positivos dessa medida.
Jornalista: Presidente, infelizmente o nosso tempo acabou.
Jornalista: É. E a gente agradece mais uma vez esta oportunidade de esclarecer todas as medidas tomadas nos últimos dois anos e levar ao cidadão essas ações que têm impacto direto na vida dele.
Presidente: Olha, eu quero agradecer a você Nasi, a você Gabriela, e a nossa A Voz do Brasil, que tem uma repercussão extraordinária em todo o País. Vocês sabem que há tempos atrás, há muito tempo atrás, eu fui em uma fazendinha, aqui no estado de Goiás. E lá chegando tinha um caseiro, que a única contato que ele tinha com o mundo era por meio do rádio. E no rádio ele falava permanentemente da Voz do Brasil. E quando, eu era deputado na época, quando alguém disse “você sabe quem é?” Ele disse: “Eu sei, é o Michel Temer, que eu ouço na Voz do Brasil”.
Portanto quero cumprimentar vocês. E aproveito a oportunidade para comemorar a retomada da maior empresa brasileira, a Petrobras, uma empresa que estava em decadência a perdeu a credibilidade e o prestígio. Nós mudamos a forma de administrar e resgatamos a empresa que é orgulho do nosso País.
A Petrobras registrou na Bolsa de Valores o maior valor de mercado da história. No setor automobilístico, vou dar um dado extraordinário, a produção de carros cresceu 40% em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado. Tudo isso demonstra que nós podemos apostar no Brasil.
Já disse e repito: quem apostar no nosso País vai ganhar. Tanto que subimos seis posições no ranking de país com melhor cenário para investir; Éramos, Nasi e Gabriela, o oitavo. Agora nós somos o 2º melhor país para se investir, tanto pelas empresas nacionais, como por empresas estrangeiras. Por isso, eu quero dizer aos brasileiros que é preciso coragem. E, nesses dois anos, nós demonstramos ter.
Recebemos um País sem esperança, sem rumo. Mas hoje nós vivemos outra realidade. O estudante, o trabalhador, o empresário, e até nós que governamos esse País, olhamos pra frente com a certeza de um futuro melhor. Agora, é apostar nesse Brasil que começa a caminhar na direção certa. Eu finalizo aqui com as palavras que iniciamos nossa caminhada, lá exatamente em 2016.
É preciso continuar com otimismo e confiança para que possamos ter, cada vez mais, o que é o lema da nossa bandeira e do nosso governo: Ordem e Progresso. Uma boa noite a todos e muitíssimo obrigado.
Ouça a íntegra da entrevista (23min23s) do Presidente.